Venezuela solta presos americanos em meio à negociação sobre petróleo

Os Estados Unidos anunciaram um embargo ao petróleo russo por causa da invasão da Ucrânia

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela reafirmou que Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais com 51,9% dos votos.
Nicolas Maduro, presidente da Venezuela – Crédito: Carolina Cabral/Getty Images

O governo do presidente Nicolás Maduro libertou dois presos americanos que estavam no país, segundo a BBC News. A medida surge dias depois da Casa Branca confirmar que enviou uma comitiva à Venezuela para negociar, entre vários assuntos, a questão do petróleo.

Publicidade

Os Estados Unidos anunciaram um embargo ao petróleo russo por causa da invasão da Ucrânia e precisaram de novos fornecedores para suprir a demanda. Apesar dos pedidos dos americanos, os países árabes produtores de petróleo não estão dispostos a aumentar as exportações.

Neste contexto, a Venezuela surgiu como uma alternativa. Os dois países não conversavam desde que cortaram laços diplomáticos por causa de alegações por parte dos americanos sobre fraudes nas eleições que elegeram Maduro e depois o mantiveram no poder.

Quando os americanos aplicaram sanções contra as exportações do petróleo venezuelano, em 2019, Maduro foi aos russos para pedir ajuda econômica, de acordo com a BBC News.

A agência Reuters apurou que os americanos negociaram ter prioridade nos primeiros embarques de barris como contrapartida para retirada de sanções.

Publicidade

Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.