Na sexta-feira, 25 de março, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidirá uma missa pela paz na Ucrânia, às 12h, na Catedral da Sé.
Essa celebração acontecerá em sintonia com a iniciativa do Papa Francisco de consagrar Ucrânia e a Rússia ao Imaculado Coração de Maria, nessa mesma data, no Vaticano.
A missa na Sé contará com a presença de autoridades civis e membros da comunidade ucraniana em São Paulo, entre os quais, o cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka.
“Acompanhamos com apreensão e tristeza a guerra na Ucrânia, causa de tantos sofrimentos, sangue derramado e destruição. É preciso parar esse desastre! Manifestamos nossa solidariedade ao povo ucraniano, que paga um pesado preço por essa guerra”, afirmou Dom Odilo, em carta enviada ao clero da Arquidiocese, convidando todas as paróquias e comunidades a também celebrar missas nessa intenção.
Pontualmente às 12h, os sinos de todas as igrejas da Arquidiocese de São Paulo tocarão por cerca de 3 minutos. No centro da capital paulista, os 61 sinos da Catedral da Sé, maior carrilhão da América Latina soarão em sinal de oração comum pela paz.
Comunidade Ucraniana
No Brasil, vivem cerca de 600 mil ucranianos e seus descentes, sendo que 10 mil estão no estado de São Paulo. Na capital paulista, os católicos ucranianos têm como referência a Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, na Vila Bela, zona Leste, ligada à Arquieparquia Católica Ucraniana São João Batista, com sede em Curitiba (PR).
Ao enfatizar o sofrimento dos ucranianos e seus descendentes que vivem no Brasil diante de tantas mortes de civis no conflito armado em sua terra natal, o cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, afirma: “Não há nada mais a ser pedido do que a paz para todos”.
“Nós não estamos sendo agredidos por um povo”, acrescenta Jorge Rybka, sublinhando que o povo russo também é vítima do conflito, dado que cerca de 20% da população da Ucrânia é de etnia russa e também é atingida diretamente pelos bombardeios.
De igual modo, as comunidades ucraniana e russa do Brasil têm uma fraterna relação e, por isso, sofrem com as tensões vividas em seus países. “Juntos, todas as comunidades, nacionalidades, crenças, esperamos o fim desse conflito”, garante o cônsul.