O novo núcleo da ‘cracolândia’ está localizado na praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, e se torna um desafio para a polícia. Eles descrevem que é difícil combater o crime organizado por traficantes agirem ao lado de barracas que já eram habitas antes por sem-teto.
Além disso, as árvores no local dificultam o trabalho da vigilância, pois afeta a observação do fluxo por imagens captadas por drones e câmeras de segurança. Parte dos ocupantes da praça é composta por famílias de trabalhadores que perderam a renda durante a pandemia de Covid-19, sendo contabilizadas 255 barracas, de acordo com o portal Uol.
Na última sexta-feira (18), o crime organizado ordenou a saída dos usuários de droga do entorno da praça Júlio Prestes e de acordo com a Polícia Civil, o centro da praça se tornou um novo ponto de tráfico de drogas. Cadeiras e mesas improvisadas servem de apoio para as drogas comercializadas, como pedras de crack, tijolos de maconha e papelotes de cocaína.
Além disso, traficantes utilizam lonas pretas e guarda-chuvas para comercializarem as drogas sem serem flagrados. O delegado Roberto Monteiro, da 1ª Delegacia Seccional do Centro afirmou que as imagens têm sido determinantes para a Justiça manter a prisão de acusados de tráfico na cracolândia.
O governador de São Paulo, João Doria, negou nesta quarta-feira (23) que a mudança da cracolândia tenha sido feita após ordem do crime organizado. “Houve uma dispersão daquelas pessoas que, infelizmente, são vítimas do crack e consumidores de drogas. Não há informação oficial que tenha havia qualquer manifestação de qualquer liderança ou de facção criminosa”.
A respeito do que está acontecendo na região da #Cracolândia, concordo com o @pejulio quando ele menciona, em entrevista para a CBN que ‘nenhum programa faria desaparecer a população da noite para o dia.’ Cabe à @prefsp oferecer opções concretas e humanitárias. pic.twitter.com/DBvCfAx7q9
— Eduardo Suplicy (@esuplicy) March 23, 2022