O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta segunda-feira (16), que a Rússia responderá caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reforçar a infraestrutura militar da Suécia e da Finlândia, que decidiram se juntar à aliança militar em resposta à invasão da Ucrânia.
Putin afirma que a ampliação da Otan está sendo usada pelos Estados Unidos de maneira “agressiva” para agravar uma situação de segurança global já difícil, de acordo com o portal CNN. O líder ainda afirma que a Rússia não tinha problemas com a Finlândia ou Suécia, então não havia ameaça direta ampliação da Otan que incluísse esses países.
“Mas a expansão da infraestrutura militar neste território certamente provocaria nossa resposta”, declarou Putin aos líderes da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que inclui Belarus, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão. “Qual será essa (resposta) – veremos quais ameaças são criadas para nós”, disse Putin.
Um dos aliados de Vladimir Putin, o ex-presidente Dmitry Medvedev, disse no mês passado que a Rússia poderia implantar armas nucleares e mísseis hipersônicos no enclave russo caso Finlândia e Suécia se juntarem à Otan. A Rússia deu poucos indícios sobre o que fará de fato em resposta a expansão da Otan.
Comentando a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN, Putin observou que a Rússia não tem problemas com esses países, sua entrada não representa uma ameaça, mas causará uma resposta. https://t.co/VQ1YTWVWPw
— Oligarca BR (@karlDanye) May 16, 2022
Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.