O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que são necessárias novas ferramentas para prevenir novas guerras como a da Ucrânia. O líder falou ao público no Fórum Econômico Mundial, que começou nesta segunda-feira (23), em Davos, na Suíça.
“Vemos que o mundo escuta e acredita na Ucrânia, mas precisamos aprender a como prevenir esse tipo de guerra no futuro. Não esperem que a Rússia usem as armas químicas, biológicas e nucleares. Protejam a liberdade, para que a Rússia e qualquer outro país do mundo que pense em invadir seu vizinho tenha sanções imediatas”, disse Zelensky.
O líder ucraniano afirma que é necessário um protocolo de ação preventiva para quando um país ameaçar atacar outro. “É preciso que haja um precedente de punição aos agressores. Se o agressor perder tudo, isso será o preço que terminará com a motivação para que comece ou continue uma guerra. O mundo ainda não tem as ferramentas prontas para isso. A motivação para nós é muito simples: a humanidade deveria ter as ferramentas para se proteger contra a fome”, afirma o presidente ucraniano
Este ano a participação da Rússia foi banida do fórum e o um dos principais pontos de debate foi o preço da reconstrução da Ucrânia, com valor estimado em trilhões de euros por autoridades da União Europeia, de acordo com o portal g1. Durante seu discurso, Zelensky apontou que o país precisa de ao menos US$ 5 bilhões por mês para se reconstruir.
Zelensky falando a Davos: Mais sanções contra a Rússia, mas armas e mais dinheiro para a Ucrânia, criação de mecanismo internacional de resposta rápida para guerras e desastres naturais, oportunidades para o processo de reconstrução da Ucrânia, por um novo Plano Marshall.
— Marcelo Lins (@MarceloLins68) May 23, 2022
Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.