Crise Vizinha

Greve de produtores agrícolas acontece em 12 cidades na Argentina

Os manifestantes pedem soluções para a inflação, para a escassez de combustíveis e para os níveis elevados de pobreza.

Greve de produtores agrícolas acontece em 12 cidades na Argentina
No acumulado de 12 meses, a inflação na Argentina registra alta de 60,7% (Crédito: Tomas Cuesta/Getty Images)

A paralisação de produtores agrícolas na Argentina, nesta quarta-feira (13), afetou 12 cidades. O movimento recebeu o nome de Jornada Federal de Demanda e se concentrou na cidade de Gualeguaychú, localizada na província de Entre Ríos, nordeste do país.

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Segundo o jornal Clarín, a “Ruta Nacional 14” recebeu a maior manifestação. Foi de lá que uma caravana de carros e tratores seguiram para a “Ruta Provincial 16“, onde uma assembleia reuniu os manifestantes que pedem soluções para a inflação, para a escassez de combustíveis e para os níveis elevados de pobreza.

A Mesa Diretora da assembleia emitiu um documento pedindo o fim do intervencionismo estatal e uma mudança na política fiscal do governo:

“Os governos devem acompanhar e defender o setor produtivo nas reivindicações e também não agravar a situação com mais pressão fiscal. Exigimos regras de jogo claras, previsibilidade para continuar sendo um dos setores mais dinâmicos da República e que, com nossos esforços, todos possamos sair da crise em que se encontra nossa querida Argentina.”

O chefe de gabinete do governo da Argentina, Juan Manzur, criticou a greve dos produtores agrícolas. Disse que o movimento “não leva a nada” e pediu a compreensão de todos, pois o governo se esforça para solucionar as questões que geraram a greve.

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Por outro lado, o ex-ministro da Agricultura do governo de Mauricio Macri, Luis Miguel Etchevehere, esteve em Entre Ríos e, segundo o jornal La Nación, considera o cenário imprevisível:

“Não há esperança porque o governo é lunático. Ontem as exportações de milho foram novamente limitadas. É impossível prever qualquer coisa com um governo como este. Eles nos provocam. Não há como defender essa verdadeira loucura”, afirmou o produtor e ex-ministro da Agricultura.

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