Se por um lado o tênis mundial amargou em 2020 o cancelamento de importantes competições em razão da pandemia – não houve o Torneio de Wimbledon (Inglaterra), o mais antigo do mundo, nem o Masters 1000 de Indian Wells (Estados Unidos) – , por outro conseguiu reorganizar o calendário já em meados de junho. E este 2020 atípico se mostrou bom não só para duplas experientes formadas por brasileiros, como também para a nova geração.
Com apenas 19 anos, Thiago Wild se tornou o brasileiro mais jovem a conquistar um torneio da elite mundial: no início de março ele venceu o ATP 250 de Santiago (Chile). Até então, era Gustavo Kuerten, o Guga, que detinha a marca, pelo título de Roland Garros (França), em 1997, aos 20 anos. O desempenho acima da média valeu ao paranaense a indicação ao prêmio de Melhor Jovem do Ano, concedido pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
Com a retomada do circuito mundial, também teve brasileira levantado taça. Em agosto, Luísa Stefani, de 23 anos, faturou o título de duplas no WTA International de Lexington (Estados Unidos), ao lado da parceira norte-americana Hayley Carter. Foi um ano memorável para a paulista: no início da temporada elas sequer figuravam entre as 70 melhores duplas do mundo; no fim já ocupavam a 32ª posição do ranking mundial da WTA.
Em setembro, Stefani e Hayley fizeram uma campanha história no US Open (Estados Unidos), chegando às quartas de final, e alcançaram as semifinais no Masters 1000 de Roma (Itália). No mês seguinte, conseguiram se classificar às oitavas de Roland Garros (França). E fechando a temporada, foram vice-campeãs no WTA de Estrasburgo (França) e no Permiere de Ostrava (República Tcheca).
Melhor dupla do mundo
O ano de 2020 também foi generoso com o brasileiro Bruno Soares que conquistou o bicampeonato de duplas no US Open (Estados Unidos) – o primeiro Grand Slam após a paralisação – ao lado do croata Mate Pavic. O primeiro título do mineiro foi há quatro anos, quando jogava em parceira com o britânico Jamie Murray.
Soares e Pavic também fizeram excelentes campanhas em Roland Garros e no Masters 1000 de Paris, mas caíram nas finais. De todo modo, o alto desempenho foi suficiente para encerrarem 2020 na liderança do ranking mundial da ATP. O mineiro, de 38 anos, já havia liderado a lista em 2016, ao lado de Murray. Os ex-parceiros já anunciaram que voltarão a jogar juntos na temporada do ano que vem.
Fim da parceria Melo e Kubot
Outro mineiro, Marcelo Melo, se sagrou tricampeão de duplas do ATP de Viena (Áustria) ao lado do mesmo parceiro, o polonês Lukasz Kubot. Este ano eles também faturaram o ATP 500 de Acapulco (México). Juntos em quadra desde 2017, Melo e Kulbot comunicaram o fim da parceria após a disputa do ATP Finals, tradicional torneio que reúne as oito melhores equipes do ano. Ao todo, Melo e Kubot conquistaram 15 títulos, um dos principais foi o de Wimbledon (Inglaterra) logo no primeiro ano da dupla.
Agência Brasil