O tribunal francês iniciou nesta segunda-feira (10), o julgamento de homicídio culposo da Air France e da fabricante de aviões Airbus. A aeronave caiu no oceano Atlântico em 2009, em voo que ia do Rio de Janeiro para Paris, matando todos que estavam a bordo.
Ambos os chefes das empresas se declaram inocentes de homicídio corporativo involuntário. “Há treze anos esperamos por este dia e nos preparamos há muito tempo”, disse Daniele Lamy, que perdeu seu filho no acidente.
Ao encontrarem a caixa preta da aeronave, após dois anos de busca, os investigadores concluíram que o os pilotos responderam de forma equivocada a um problema, que envolvia sensores de velocidade congelados. Assim, o avião caiu em queda livre, sem responder aos alertas.
Além disso, a agência de acidentes BEA da França apontou discussões entre a Air France e a Airbus sobre a confiabilidade das sondas e realizou diversas recomendações de segurança, desde o design da cabine do piloto até mesmo o treinamento e operações de busca e resgate.
A Airbus culpa o piloto pelo acidente. Já a Air France, indica que alarmes confusos sobrecarregaram os pilotos. Essa é a primeira vez que empresas francesas são julgadas por “homicídio involuntário” após um acidente aéreo. Segundo o portal g1, as famílias das vítimas dizem que os diretores das empresas também deveriam ser réus no caso.
Começa nesta segunda-feira (10), em Paris, o julgamento contra as empresas Air France e Airbus, pela queda do voo 447, que saiu do Rio de Janeiro em direção à capital francesa em 2009. Todas as 228 pessoas que estavam a bordo morreram: https://t.co/NqOyKCReI6 #BomDiaBrasil pic.twitter.com/HnxdXr92Pm
— Bom Dia Brasil (@BomDiaBrasil) October 10, 2022