As commodities agrícolas estão em desaceleração de preço e a queda no custo dos alimentos chega ao consumidor final. A mudança foi notada no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em que o Índice de Preços ao Atacado (IPA) compõe cerca de 60% da composição da pesquisa.
Neste ano, de acordo com os dados, a queda no valor acumulado foi mais de 100%. O índice acumulado em doze meses foi verificado em 8,25%, no mês de setembro deste ano, enquanto em janeiro, o valor acumulado era de 16,91%.
Em setembro de 2021, o acumulado dos doze meses anteriores estava em 24,86%. O professor da FGV, Alberto Ajzental, indica que as quedas das commodities de energia também geram redução no custo de produção dos alimentos, segundo a CNN.
“De junho para cá, os combustíveis tiveram uma redução, em grande parte, em função da queda do petróleo. Isso influenciou diretamente o item transportes, no IPCA, porém, apesar de ser difícil de medir, a queda de combustíveis de forma indireta atua no item da alimentação. Em tudo vai combustível, você gasta combustível para produzir e gasta para transportar”, diz Ajzental.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação no país, registrou deflação de 0,27% no grupo de alimentos e bebidas, o que aponta a queda no preço ao consumidor final dos produtos.
Do ponto de vista das exportações brasileiras, a desaceleração da demanda global já pode ser observada pela China.
E mesmo com a recente queda das commodities, exportações para Europa e EUA ainda apresentam crescimento. pic.twitter.com/hhIuxgpVhs
— Rafaela Vitoria (@rvitoria) October 5, 2022