A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a investigação sobre o caso dos petiscos contaminados que, segundo o site Estado de Minas, podem ter matado mais de 50 cães em todo o país. Após três meses de investigação, quatro pessoas da empresa Tecno Clean Industrial foram indiciadas. A empresa atua na venda de corantes e aromatizantes para a indústria alimentícia.
Segundo o relatório da polícia, a Tecno Clean comprava propilenoglicol, produto químico que pode ser usado pela indústria alimentícia, da empresa A&D Química, com sede em Arujá, São Paulo. Porém, um erro na identificação dos rótulos gerou o envio do produto errado: o monoetilenoglicol, substância tóxica a humanos e animais.
“A incorreta identificação dos rótulos gerou a entrega desse barril de monoetilenoglicol, que chegou na fabricante do petisco e que chegou ao consumidor final: os animais. Por isso que em alguns lotes foi detectada a presença de monoetilenoglicol. Por isso, nessa incorreta identificação de rótulos. Então a conclusão da investigação da Polícia Civil é nesse sentido: chegou ao consumidor final um produto alimentício que poderia ter sido vendido apenas para o ramo industrial”, disse a delegada Danúbia Quadros, em entrevista nesta segunda-feira (5).
Ainda segundo a delegada, se comprovado o dolo ou a culpa dos indiciados na produção dos petiscos contaminados, eles podem pegar de 10 a 15 anos de prisão.
Cães contaminados: exames feitos pela Universidade Federal de Minas Gerais em dois cães com suspeita de contaminação após comerem petiscos caninos da empresa Bassar apontaram “cristais nos túbulos renais compatíveis com cristais de oxalato de cálcio”. Entenda. #Fantástico pic.twitter.com/tJb2gDpFR6
— Fantástico (@showdavida) September 12, 2022