A Justiça aceitou, nesta segunda-feira (13), a denúncia contra André Ferreira, de 47 anos, acusado de tentar matar a sogra, Marlene Foltran, de 86 anos. Segundo o Ministério Público (MP), ele empurrou a idosa de cima de uma escada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A vítima segue internada em estado grave, inconsciente, após sofrer graves lesões.
O crime teria ocorrido em 12 de dezembro de 2024. Familiares afirmam que André impediu Marlene de visitar a filha, que está em estado terminal devido a um câncer avançado. O réu foi preso preventivamente sete dias após o ocorrido e permanece detido.
A morte ronda a vida das mulheres dentro de suas próprias casas. Não tolere comportamentos agressivos contra as mulheres, acolha mulheres em situação de violência e, principalmente, denuncie. Ligue 180!
Precisamos todos e todas nos comprometer para enfrentar o feminicídio com… pic.twitter.com/n63V38KTbP
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) August 30, 2024
Denúncia do MP e versões apresentadas sobre o caso
No dia 12 de janeiro, o MP apresentou a denúncia, que foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). André Ferreira responderá por tentativa de homicídio qualificada por feminicídio e pela vulnerabilidade da vítima. O órgão solicitou que o caso seja levado ao Tribunal do Júri e sugeriu reparação mínima de R$ 10 mil pelos danos causados.
Em sua defesa, o advogado Fernando Madureira classificou como prematuro qualquer julgamento sobre tentativa de feminicídio. “As provas colhidas no inquérito policial são circunstanciais, não se podendo descartar que não houve queda acidental da vítima. Sendo assim, temos que aguardar os laudos periciais e a instrução do processo“, afirmou ao g1.
Já as advogadas Sarah Bayer Ferraz e Angélica Cristina Afani Lenz, representantes da família de Marlene, reafirmam a intenção criminosa do réu. “Nós vamos trabalhar incansavelmente junto do Ministério Público para que esse agressor seja punido pelos crimes que cometeu, prejudicando toda a família da vítima”, disseram em nota.
O MP relatou que Marlene sofreu traumatismo cranioencefálico grave, múltiplas fraturas e escoriações devido à queda, mas sobreviveu graças ao rápido atendimento médico.
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