Nesta quarta-feira (14), o novo governo do Peru declarou estado de emergência de 30 dias em meio a protestos que se espalharam pelo país depois da tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo. A declaração foi anunciado pelo ministro da Defesa, Alberto Otárola.
“Ficou acordado declarar estado de emergência para todo o país devido ao vandalismo e à violência, à tomada de autoestradas e vias (…), que estão a ser controladas pela Polícia Nacional e pelas Forças Armadas”, anunciou o ministro.
O estado de emergência anunciado permite que as Forças Armadas se juntem à polícia para garantir a manutenção da segurança pública, conforme explicou Otárola . “Quero recordar que a declaração do estado de emergência a nível nacional implica na suspensão dos direitos de reunião, da inviolabilidade do domicílio, da liberdade de circulação, da liberdade de reunião e da liberdade e segurança pessoal”, continuou.
Na terça-feira (13), o governo já havia estabelecido a mesma medida nas regiões de Arequipa, Ica e Apurímac, no Sul do país, depois que dois jovens de 15 e 18 anos morreram no domingo em confrontos com as forças de segurança. Nas localidades, as Forças Armadas já estão nas ruas ao lado da polícia.
Os protestos, que começaram com o pedido de libertação do presidente preso Pedro Castillo, agora solicitam eleições gerais para que o povo peruano escolha um novo líder — a vice-presidente Dina Boluarte, que atualmente lidera o país, é rejeitada pelos manifestantes.
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