Uma bolha de calor que se formará durante esta semana no Centro e Norte da Argentina. Este fenômeno deve intensificar as temperaturas já elevadas no Uruguai, Paraguai, Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e áreas a Oeste do interior de São Paulo.
Regiões como o Oeste da Região Sul do Brasil e o Mato Grosso do Sul já estão enfrentando essas condições há vários dias. As temperaturas têm variado entre 37°C e 40°C, comprometendo a saúde das lavouras. Nos últimos dias, cidades como Porto Murtinho registraram temperaturas superiores a 38°C.
O que esperar da bolha de calor?
Nos próximos dias, espera-se que a massa de ar quente se expanda, elevando as temperaturas máximas em muitas localidades. A previsão inicial para o início da semana indica que o Oeste do Rio Grande do Sul e do Paraná, bem como o Mato Grosso do Sul, experimentarão as temperaturas mais elevadas, que podem ultrapassar os 35°C em diversas ocasiões.
Neste início de semana, áreas mais ao Leste, como Porto Alegre, devem registrar temperaturas ao redor de 30°C. Contudo, a partir de terça-feira, a previsão é de aumento gradativo nas temperaturas, com possibilidade de atingir o pico de calor na segunda metade da semana.
Quais são os riscos associados?
As temperaturas elevadas podem resultar em condições propícias para a formação de temporais isolados. As tempestades podem ocorrer principalmente à tarde e durante a noite, causadas pela formação de nuvens do tipo Torre Cumulus e Cumulonimbus devido ao intenso aquecimento diurno.
Esses sistemas de tempestades podem desencadear chuvas fortes, ventos intensos e granizo, especialmente entre quinta e sexta-feira. A baixa pressão atmosférica e o calor acumulado aumentam o potencial para tempestades severas, que, apesar de localizadas, podem causar danos significativos.
Como se formam as bolhas de calor?
Conhecidas também como domos de calor, as bolhas de calor ocorrem quando áreas de alta pressão se estabelecem sobre uma região por períodos prolongados. Esse fenômeno prende o ar quente próximo ao solo, atuando como uma tampa, e impede a dissipação do calor.
Enquanto a pressão atmosférica empurra o ar para baixo, ocorre o aquecimento adicional, aumentando a temperatura do ar já quente. Estudos indicam que as mudanças climáticas podem estar intensificando a frequência e severidade dessas bolhas de calor, resultando em eventos de calor mais intensos e prolongados.
Qual a perspectiva para a mudança climática?
Especialistas alertam que, com as mudanças climáticas em curso, a tendência é que eventos de calor extremo se tornem mais frequentes e prolongados. Essas alterações na circulação atmosférica contribuem para a formação de massas de ar quente mais persistentes e intensas, elevando as temperaturas em diversas regiões do globo.
Estudos sugerem que a elevação nas temperaturas globais está tornando as bolhas de calor mais prevalentes, implicando maiores desafios para a adaptação e mitigação de seus efeitos nas comunidades afetadas.
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