Durante apresentação em circo na cidade de Sochi, na Rússia, um leão atacou o domador. Alexei Makarenko, de 42 anos. A cena só foi interrompida graças à ação da esposa do domador, Olga Borisova, de 43 anos, que também é domadora. Após o ataque, o animal foi agredido diversas vezes na frente do público. Imaginem por trás das cortinas o que aconteceu…
At Sochi circus, a lion attacked his trainer. Some quick thinking by the performer’s wife saved the day. pic.twitter.com/v9qtan4pvc
— Russia Unplugged (@UnpluggedRus) January 5, 2023
Aliás, imaginem o que acontece por trás das cortinas para que um animal imponente como o leão seja submetido às ordens humanas? Qual o preço que estes animais pagam pela nossa diversão?
A cena presenciada neste zoológico na Rússia e a presença de animais em circos levam a uma importante reflexão: os elefantes, tigres e outros animais de circo são animais selvagens. Mesmo que sejam domesticados à base de medicamentos e surras diárias, continuam sendo selvagens. Para serem utilizados como forma de apreciação social num espetáculo circense, em que a soberania humana é aplaudida de pé, são, muitas vezes, vítimas de maus-tratos e vivem em péssimas condições, na maioria das vezes. Uma situação que se reflete em praticamente toda a indústria e leva a situações como esta, em que o leão, que deveria estar reinando na selva, ataca seu “dono”.
No Brasil, a presença de animais em circos começou a ser discutida quando, em 2000, ocorreu um acidente em um show em Pernambuco, no qual uma criança de apenas seis anos foi morta por leões durante o intervalo de uma apresentação. O estado de Pernambuco tornou-se o primeiro do país a proibir shows circenses com animais. Depois, com o passar dos anos, vários outros estados adotaram essa proibição nos territórios. Hoje, o uso de animais em circo é crime em: Goiás, Paraíba,Rio Grande do Sul,Rio de Janeiro, Santa Catarina,Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo,Paraná e São Paulo, além, claro de Pernambuco.
Os ativistas da causa animal já comemoram este avanço nas leis, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Hoje, é preciso que a sociedade ensine às crianças que a dor do outro (mesmo que seja um animal) não tem graça nenhuma.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Grupo Perfil Brasil
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