AÇÕES DESPENCAM

Credit Suisse é terceiro banco em crise em uma semana

Queda no mercado europeu segue falência de dois grandes bancos americanos e aumenta a insegurança sobre uma crise bancária internacional.

Credit Suisse é terceiro banco em crise em uma semana
Concorrentes europeus também enfrentaram queda nas ações (Crédito: Spencer Platt/Getty Images)

O banco suíço Credit Suisse foi a terceira grande instituição a demonstrar problemas em se sustentar na última semana. Depois da falência dos americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank, a queda de mais de 20% nas ações da instituição financeira europeia agitou o mercado financeiro nesta quarta-feira (15).

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Os resultados do Credit Suisse no último trimestre já não tinham sido satisfatórios, o que teve como reação a desistência do Saudi National Bank, da Arábia Saudita, de aumentar sua participação no capital. O banco saudita é o maior acionista do suíço.

Os temores de uma crise bancária internacional depois da falência dos dois bancos americanos se agravaram com a crise não apenas do Credit, mas de vários outras instituições bancárias da Europa que tiveram queda de mais de 10% nas ações.

Enquanto os europeus tentam lidar com a crise continental, nos Estados Unidos, o Federal Reserve tomou medidas para tentar evitar que o problema se alastre. Os bancos poderão fazer empréstimos em quantias indeterminadas, contanto que possam ser garantidos por títulos do governo. Os depósitos dos clientes do SVB e do Signature também devem ser recuperados pelos reguladores, mesmo que passem do valor padrão de R$ 250 mil.

As bolsas de valores sofreram os impactos em diversas partes do mundo, com o quadro de queda ultrapassando 2% em alguns dos principais mercados europeus e em Wall Street. O Ibovespa, também sentiu o impacto em menor escala, mas com queda avaliada em mais de 1%.

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Em relação ao Brasil, a preocupação foi acalmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde a notícia da falência do Silicon Valley Bank na sexta-feira (11) o chefe da pasta da economia acalmou os ânimos e ressaltou que a crise não deve se tornar sistemática.

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