problemas internos

Argentina sem gasolina, motoristas enfrentam longas filas nos postos

Atual situação prejudica a imagem do governo antes do 2º turno da eleição presidencial, marcado para 19 de novembro

Argentina-gasolina
(Crédito: Reprodução Redes Sociais)
Na capital da Argentina, Buenos Aires, a crise dos combustíveis se agravou nesta segunda-feira (30). Os motoristas já enfrentam longas filas nos postos, porque já estão sem gasolina.

Complicações

O país é um grande produtor de petróleo e gás de “shale”, mas sofre com a falta de gasolina e de diesel desde a semana passada. A situação ocorre em meio a problemas internos com o refino do petróleo, além da escassez de dólares, o que atrasou as importações.

Por conta disso, o governo cogita interromper as exportações para preservar os estoques. Além disso, trabalhadores do setor ameaçam entrar em greve.

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Os executivos das empresas petrolíferas afirmam que há greves sendo planejadas nas refinarias locais, que fornecem 80% do suprimento doméstico. De acordo com os representantes do setor, o fato da nação ter poucas reservas internacionais de dólares tem dificultado as importações.

Fim das exportações

Para tentar diminuir a inflação, na casa dos 140% em termos anualizados, o governo argentino fixou o preço do petróleo em US$ 56 o barril, muito abaixo dos praticados no mercado internacional, de cerca de US$ 86, decisão que distorce a lógica econômica das companhias que importam produtos do exterior.

Durante o fim de semana, o ministro da economia, Sergio Massa disse às petrolíferas que elas precisam resolver o problema da demanda interna até o fim da terça-feira(31), ou o governo vai interromper as remessas de exportação de petróleo de xisto do grande campo de Vaca Muerta.

“Defenderei o suprimento interno, defenderei o consumo dos argentinos”, afirmou o ministro da economia da Argentina.

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Sindicatos locais apoiaram a posição de Massa e estão ameaçando realizar uma greve a partir de quarta-feira se a situação doméstica não se resolver. Eles afirmam que a produção é recorde e que as empresas petrolíferas estão sendo “oportunistas e mesquinhas”.

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