Este domingo, 19 de novembro, é um dia decisivo para a Argentina, pois estão em curso as eleições para a Presidência. Os argentinos devem devem decidir entre a manutenção do modelo econômico, representada pelo ministro da Economia, Sergio Massa, ou um projeto de ruptura prometido pelo candidato Javier Milei. Nas últimas semanas, o mercado respondeu a esta incerteza com alguns altos e baixos.
Além dos dois modelos econômicos em conflito, os analistas consultados pela PERFIL concordam que as mudanças vão acontecer, independentes de quem vença:umas mais explosivas ou outras mais moderadas.
“Este cenário é incerto porque raramente o tivemos antes” – admitiu Gastón Lentini em entrevista à PERFIL. Ele afirma que “as restrições que existem no mercado fazem com que os modelos que se discutem, além de serem ideológicos, sejam metodológicos”.
Enquanto isso, Elena Alonso, economista do Grupo Broda, foi mais direta. “Se Milei vencer, vejo o dólar subindo de forma explosiva, acho que até um pouco mais do que aconteceu depois das eleições primárias”, admitiu.
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— Perfil.com (@perfilcom) November 19, 2023
Para a economista Natalia Motyl, “hoje o mercado desconta que, independentemente de quem ganhe, o Congresso ficará dividido e ambos estão numa aliança que os obrigará a negociar qualquer reforma que tentem realizar”, disse.
Isto significa que não vemos uma situação tão extrema como nas eleições primárias, embora vejamos que o apetite para dolarizar as carteiras continua. “Sim, há uma demanda maior por cobertura porque quem chega terá que corrigir os desequilíbrios cambiais, monetários e fiscais“, conclui.
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