O Senado instalou nesta quarta-feira (13) a comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pela empresa petroquímica Braskem.
Diversos bairros da cidade sofrem com danos estruturais em ruas e edifícios. Os integrantes do colegiado aprovaram o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), que conduziu a reunião, afirmou que a CPI só iniciará seus trabalhos depois de fevereiro de 2024. Segundo ele, os nomes de Omar e Kajuru foram escolhidos em reunião prévia com os líderes. Ainda não há um nome indicado para relatoria da comissão.
A CPI terá 120 dias para conclusão dos trabalhos e deverá investigar o afundamento do solo em cinco bairros da capital alagoana, que ocorre desde 2019.
No último domingo (10) , a Defesa Civil de Maceió disse que houve rompimento da mina 18 da Braskem. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, disse nas redes sociais que acompanha a situação. Ninguém ficou ferido, segundo a prefeitura. O alerta para o risco de colapso continua até que haja uma estabilização.
A mina e todo o seu entorno estão desocupados desde o primeiro aviso de risco de colapso na região. Técnicos monitoraram o local para avaliar o impacto do rompimento.
Desapropriar área
O governo de Alagoas estuda desapropriar toda a área da região metropolitana de Maceió afetada pelo afundamento de solo causado por décadas de extração de sal-gema por empresas privadas. Segundo o próprio governador Paulo Dantas, a proposta, ainda em análise, é expropriar a área hoje pertencente a empresa petroquímica Braskem e transformá-la em um parque estadual.
*Com informações da Agência Senado