Em 5 de novembro de 2024, os Estados Unidos passarão por eleições gerais. Diferentemente do Brasil, o sistema político do país é dominado por dois grandes partidos (Democrata e Republicano). Candidatos de partidos menores ou independentes podem concorrer, mas raramente têm chances.
O sistema eleitoral é descentralizado, com cada um dos 50 estados gerenciando as eleições. Nas primárias, os eleitores elegem delegados partidários comprometidos a apoiar o pré-candidato vencedor em seu estado.
Os delegados participam das convenções nacionais do partido, onde o pré-candidato com a maioria dos votos é oficializado. Na eleição geral, o Colégio Eleitoral, composto por 538 delegados, decide o vencedor, sendo necessário obter pelo menos 270 votos.
Confira as etapas das eleições nos Estados Unidos:
As primárias
Nos Estados Unidos, o processo eleitoral começa com as primárias, onde os eleitores de cada partido votam em seus candidatos preferidos. As vitórias nas primárias acumulam delegados para os candidatos, e o que obtiver mais delegados ganha a nomeação do partido para concorrer à Presidência. As primárias acontecem de janeiro a junho, resolvendo frequentemente a disputa nos primeiros meses.
Nesta segunda-feira (15), ocorreu em Iowa as prévias republicanas. O ex-presidente e candidato à reeleição Donald Trump venceu com cerca de 51% dos votos. Apesar de representar apenas 1% dos delegados republicanos em todo o país, a disputa em Iowa funcionou como o primeiro termômetro das eleições.
A primeira prévia do Partido Democrata, do atual presidente dos EUA, Joe Biden, irá ocorrer no dia 23 de janeiro em New Hampshire, região da Nova Inglaterra.
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Convenções partidárias
As convenções partidárias estão agendadas para julho e agosto. Elas aclamam oficialmente os candidatos escolhidos nas primárias e servem como oportunidade para os partidos apresentarem suas propostas e estratégias.
Nas eleições dos Estados Unidos, as regras para a distribuição de delegados variam de acordo com o Estado e o partido. Os pré-candidatos acumulam delegados à medida que vencem as primárias, podendo alcançar a maioria necessária para a nomeação antes mesmo da convenção nacional.
Durante as convenções, os delegados votam nos candidatos escolhidos pelos eleitores de seus Estados, oficializando a seleção do candidato presidencial.
Reta final
Após as convenções, os candidatos finalistas intensificam a campanha, participam de debates televisivos. Alguns estados são tradicionalmente democratas ou republicanos, garantindo vitórias fáceis para o partido dominante.
Entretanto, em “swing states” (estados pêndulo), nos quais nenhum partido tem uma maioria clara, a competição é crucial para a vitória, pois podem favorecer tanto democratas quanto republicanos. Em 2024, alguns desses estados incluem Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Minnesota, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.
Em novembro, os eleitores votam para escolher o novo presidente, deputados federais, parte do Senado e, em alguns estados, governadores. No entanto, a eleição para presidente é indireta, determinada pelo Colégio Eleitoral.
Colégio Eleitoral
O Colégio Eleitoral é composto por 538 delegados, e um candidato precisa obter pelo menos 270 votos para vencer. Cada estado organiza sua votação e indica seus delegados com base na população. Em 48 estados, o candidato mais votado ganha todos os delegados do estado. Esse sistema pode resultar em um candidato vencer na votação popular, mas não se eleger.
O resultado do Colégio Eleitoral é conhecido em meados de dezembro, seguido pela certificação no Congresso, e o novo presidente toma posse no dia 20 de janeiro do ano seguinte à eleição. A posse ocorre em 20 de janeiro, marcando o início do mandato de quatro anos.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini