O impacto econômico de Taylor Swift já é esperado pelos países nos quais a cantora se apresenta. No caso do Brasil, por exemplo, os fãs chegaram a arrecadar mais de R$150 mil para iluminar o Cristo Redentor.
Em março de 2024, a capital da vez será Singapura. O Estado é o único território do Sudeste Asiático a receber a artista, consequentemente valorizando ainda mais os ingressos já disputados da “The Eras Tour”. A bilheteria da turnê já ultrapassou 1 bilhão de dólares.
Números gerados por Taylor Swift
Com shows lotados marcados para os dias 8 e 9, espera-se que as apresentações movimentem entre 260 milhões e 375 milhões de dólares no país. Esse intervalo é equivalente a quase R$1,3 bilhões e R$1,8 bilhões, respectivamente.
Os dados partiram da diretora de macro pesquisa do grupo Maybank, Erica Tay. Em entrevista ao The Washington Post, a especialista explicou que o Produto Interno Bruto (PIB) pode apresentar um aumento de 2,9% no primeiro trimestre do ano.
A cidade se preparou para receber fãs de todas as partes do continente asiático na primeira leva de shows, ocorrida na semana passada. A demanda foi de acordo com as expectativas: de 1 a 7 de março, o fluxo de passageiros no Aeroporto Changi foi 20% mais alto do que o registrado no mesmo período em 2023.
Estabelecimentos comerciais de todos os tipos também aproveitaram a onda de Taylor. De acordo com o The Post, o hotel Marina Bay Sands, que é um dos patrocinadores da turnê, ofereceu pacotes e atrações inspiradas em diferentes álbuns da compositora. 90% dos hóspedes são estrangeiros. Para a diretora de marketing Irene Lin, “isso é uma indicação do forte apelo turístico da Eras Tour”.
Similarmente, a empresa Klook, planejadora de viagens, observou um aumento de 50% nas vendas dos passeios com as atrações turísticas mais famosas da cidade. “Baseado nos nossos dados, um turista que veio para um show ou evento pode gastar cinco vezes o valor do seu ingresso”, contou a gerente Sarah Wan ao The Post.
Problema com os vizinhos
A parada praticamente exclusiva de Taylor em Singapura gerou atrito com outros países asiáticos, já que outros líderes também queriam explorar o impacto dela na sua economia.
O primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, acusou o governo de Singapura de pagar 3 milhões de dólares por show, garantindo que o seu fosse o único território visitado. O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, não confirmou o valor, mas defendeu que o acordo não “parece hostil” para ele.
Para o professor Seng Ooi, que estuda as tendências de turismo em Singapura na Universidade da Tasmânia, os concertos de Swift têm uma agenda por trás. “É parte de um grande plano” para reforçar uma imagem de centro cultural e artístico. Anteriormente, a cidade já havia sido palco de corridas de Fórmula 1 e de uma turnê da banda Coldplay.