Com quase 88% dos votos, Vladimir Putin ganhou as eleições da Rússia e será presidente do país até 2030. Eleito pela quinta vez, Putin confirma seu completo controle sobre os mais de 140 milhões de habitantes do mais extenso país do mundo.
Ao final de seu mandato, o presidente completará 30 anos no poder e se tornará o mais longevo líder da história russa, superando o ditador Josef Stalin e seu comando durante o século XX. A Constituição da Rússia limitava o número de mandatos em quatro. Entretanto, em uma nova manobra autoritária, Putin conseguiu estender este número para seis.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo em sua conta no X, chamando Putin de “ditador” e “viciado no poder”. Ele também aproveitou o espaço para agradecer os países ocidentais que vêm auxiliando o exército ucraniano financeiramente e belicamente no confronto.
These days, the Russian dictator imitates another “elections.” Everyone in the world understands that this person, like many others throughout history, has become sick with power and will stop at nothing to rule forever.
There is no evil he would not do to maintain his personal… pic.twitter.com/zu1see37kl
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 17, 2024
Os únicos outros candidatos à presidência eram Nikolay Kharitonov, do Partido Comunista, Leonid Slutsky e Vladislav Davankov, todos considerados apoiadores da atual gestão. Opositores do presidente foram excluídos em alguma fase do longo e burocrático processo de registro eleitoral. Nenhum dos candidatos acima opõe-se, por exemplo, à invasão à Ucrânia.
🇷🇺 AGORA: Com 26% das urnas apuradas, Vladimir Putin lidera com 87,85% dos votos nas eleições russas deste ano.
O presidente, que deve ser reeleito, comandará a Rússia pelos próximos 6 anos e poderá concorrer na eleição de 2030. Em 2021, o parlamento do país aprovou uma emenda… pic.twitter.com/G1R5uvbBot
— Eixo Político (@eixopolitico) March 17, 2024
Protestos
Eleitores e apoiadores de Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin, morto em 16 de fevereiro, se reuniram para homenagear o ativista neste domingo (17), último dia das eleições presidenciais da Rússia.
As concentrações ocorreram em vários pontos do país e do mundo. Mesmo com a presença de apensa algumas dezenas de pessoas em Moscou, por exemplo, os cidadãos comemoraram a união e homenagem à vida do ativista. “Esta é nossa única oportunidade de expressar nossa opinião”, disse Elena, engenheira de 38 anos.
Ao longo dos três dias de votação, atentados foram registrados em diversas zonas eleitorais. Uma mulher foi presa após soltar tinta em uma das urnas, invalidando todos os votos nela contidos, que ainda são de papel.