O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira (22) que seus ministros entrem mais em campo para ajudar na articulação com o Congresso Nacional. Em discurso, ele pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja “mais ágil“. Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livros e passe mais tempo discutindo com parlamentares.
“O Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social], o Rui Costa [ministro da Casa Civil], passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, completou o presidente.
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A declaração foi dada durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito a empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo federal para o pagamento de programas sociais.
Reações à fala de Lula
Na porta do ministério, Haddad foi questionado por jornalistas sobre a cobrança que Lula por mais conversas do titular da Fazenda com parlamentares. “Só faço isso da vida”, afirmou.
Também nesta segunda-feira, Padilha negou em entrevista que haja uma crise entre o Executivo e o Legislativo. “Qualquer dificuldade de relação, diálogo, está absolutamente superada”, afirmou à GloboNews durante visita a espaço em São Paulo que receberá instalações do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades.
Após cobrança, integrantes do primeiro escalão passaram a definir discussões que deverão priorizar ao longo das próximas semanas. Depois do evento com Lula, Haddad almoçou com Padilha e com os líderes do governo no Legislativo – Jaques Wagner (Senado), José Guimarães (Câmara) e Randolfe Rodrigues (Congresso). Além disso, incluiu na agenda uma reunião com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Também à GloboNews, o ministro Wellington Dias disse estar “à disposição” para se reunir e dialogar com parlamentares a fim de esclarecer todos os pontos da MP do Acredita. Já Alckmin tem dialogado com parlamentares sobre propostas voltadas ao setor industrial e deve intensificar conversas em busca da aprovação do Mover, projeto que prevê incentivos à produção de veículos sustentáveis.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini