Duas mulheres – mãe e filha – estão morando no McDonald’s do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, há três meses, de acordo com a rádio CBN. Cercadas de malas grandes, passam o dia no local e dormem sentadas na calçada enquanto esperam a loja abrir.
A unidade fica a poucos metros do mar, em uma das áreas com o metro quadrado mais caro do RJ. Fontes ouvidas pela CBN contaram que as mulheres têm roupas limpas, possuem dinheiro para comprar comida e estão com celulares.
Até o momento, elas não aceitaram a ajuda de ninguém. Vizinhos, funcionários da prefeitura e até mesmo policiais militares já ofereceram amparo, mas todos foram dispensados pela mãe e sua filha.
Quem são as “moradoras” do McDonald’s?
Suzane Geremia, que aparenta ter 50 anos, e sua filha, Bruna Geremia, de possivelmente 30 anos, afirmam que são do Rio Grande do Sul, mas moram no Rio de Janeiro há oito anos. Em uma conversa com um repórter da CBN, Suzy disse que elas estão em busca de um apartamento para alugar no Leblon por até R$1200 e, enquanto não encontram o espaço, preferem não gastar dinheiro.
Bruna chegou a trabalhar em um quiosque do Leblon em janeiro deste ano, mas foi dispensada no período de experiência. Ex-colegas falaram que poucas pessoas “podiam” se aproximar dela para conversar. “Ela se fechava completamente, tinha o próprio mundo e não queria chegar perto de ninguém”, disse um ex-colega que não quis se identificar.
Histórico de calote
Um vendedor ambulante que atua na esquina do McDonald’s reconheceu as mulheres da época em que trabalhava em um hotel em Copacabana, e contou à CBN que elas saíram sem pagar em 2022. “Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, afirmou o vendedor.
Outra pessoa que trabalhou na gerência do hotel na mesma época confirmou a história, explicando que a direção não denunciou o caso à polícia para evitar exposição.
Na época, o caso de Bruna e Suzy foi postado em perfis de notícias de bairros do Rio. Nos comentários, usuários alegam que elas já passaram uma temporada no Aeroporto Internacional Tom Jobim e no parque Jardim de Alah.