A barragem 14 de julho, localizada entre os municípios Cotiporã e Bento Gonçalves, interior do Rio Grande do Sul, rompeu parcialmente na tarde desta quinta-feira (2), em decorrência dos fortes temporais que acometem o estado. O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi, divulgou um vídeo pedindo evacuação de moradores da região “às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari […] o mais rápido possível”.
“A tendência é que isso suba em torno de 2 a 4 m. Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari”, completou a postagem.
O governador do RS, Eduardo Leite, também publicou um vídeo endereçando a situação, afirmando que o ocorrido “vai ter efeito de resposta hidrológica, elevando o nível do rio Taquari”. Leite ressaltou o fato de que, visto que já havia a ameaça de rompimento, o processo de evacuação já foi iniciado. Porém, para quem ainda não se mobilizou, ele solicita que “busquem locais mais elevados no curso do rio”.
O vice-governador, Gabriel Souza, seguiu o pensamento de Eduardo Leite e alertou: “Pelo menos seis metros acima. Saiam das zonas abaixo dessa cota, porque realmente a situação é gravíssima, muito séria, e precisamos que todos, imediatamente, sigam essa orientação, sob penas de perdermos muitas vidas”.
Ver essa foto no Instagram
Barragem em Caxias do Sul pode se romper
Engenheiros também alertam para um possível rompimento da barragem do Complexo Dal Bó, em Caxias do Sul. As casas nas imediações da construção foram evacuadas e, para tentar impedir um vazamento, 100% das comportas da represa foram abertas.
“A intenção nossa é segurar para que a água não saia por cima da barragem. Aí sim [se a água sair por cima] pode ser um problema, inclusive com possível risco de rompimento da barragem”, disse o engenheiro do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Caxias do Sul, Gerson Panarotto.
Chuvas no RS deixam 13 mortos
As consequências das fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde a última sexta-feira (24) já causaram ao menos 13 mortes. Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil estadual, divulgado na manhã de hoje, ao menos 21 pessoas estão desaparecidas e mais de 44,6 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas em todo o estado.
Até o momento, 134 prefeituras reportaram prejuízos decorrentes de alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências das chuvas e da cheia de rios.
O número de desalojados, ou seja, de pessoas que tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens pagas, já passa de 5,25 mil, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais chega a 3,07 mil.
Ainda de acordo com a Defesa Civil gaúcha, os óbitos confirmados até esta manhã ocorreram em Encantado (1); Itaara (1); Pântano Grande (1); Paverama (2); Salvador do Sul (2); Santa Cruz do Sul (1); Santa Maria (3); São João do Polêsine (1) e Segredo (1).