O governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade depois dos fortes temporais no estado. Ao menos 114 municípios foram afetados com deslizamentos, desmoronamentos, cheias dos rios, ocorrências de granizo, enxurradas e vendavais de grande intensidade.
A medida visa a priorizar o atendimento aos afetados pelas chuvas por parte dos órgãos estaduais. Também visa facilitar do saque de benefícios financeiros por parte da população atingida e flexibilização nos processos de contratações emergenciais.
Decreto do governador é válido por seis meses
O Decreto 57.596 vai valer por 180 dias e se baseia no padrão da Codificação e Classificação Brasileira de Desastres (Cobrade), informando que o Estado atingiu o código 1.3.2.1.4: este nível aponta como causa para a calamidade a ocorrência de tempestades.
Mais cedo, em entrevista coletiva, o governador Eduardo Leite classificou o momento como “o maior desastre já enfrentado” pelos gaúchos, prevendo um cenário pior do que o registrado no ano anterior.
Antes de decretar o estado de calamidade, o governo do Rio Grande do Sul já tinha suspendido as aulas nas escolas públicas de todo o estado nesta quinta (2) e sexta-feira (3). No total, 97 escolas foram danificadas devido ao impacto das ventanias e temporais.
No último balanço divulgado hoje pela manhã (2), o estado aponta dez mortos, 11 feridos e 21 desaparecidos. Ao todo, quase 20 mil pessoas foram afetadas, das quais mais de 3 mil tiveram que deixar suas residências.
Estou embarcando neste momento para Santa Maria, onde encontrarei o presidente @LulaOficial. Não é momento apenas de sobrevoos, mas de articulação de todos para salvar vidas. As aeronaves precisam estar focadas nos resgates. Precisamos somar todos os esforços.
Eu pic.twitter.com/YvhMBjRyon— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) May 2, 2024