A água que jorrou dos bueiros de diversas ruas de Porto Alegre (RS), alagando bairros inteiros na quinta-feira (23), recuou nesta sexta-feira (24). A inundação que pegou a população de surpresa exigiu resgates, bloqueou vias e causou prejuízos significativos.
A prefeitura da capital confirma que houve problemas nas zonas Central, Norte e Sul, afetando bairros como Centro Histórico, Menino Deus, Cidade Baixa, Praia de Belas, Ipanema, Cavalhada, São Geraldo, Moradas da Hípica, Santa Fé e Restinga. As áreas afetadas ainda estão sendo contabilizadas.
Na região sul da capital, nos bairros Cavalhada e Hípica, que não registraram alagamentos durante a última enchente, o Corpo de Bombeiros utilizou botes para resgatar pessoas que ficaram ilhadas. No centro, os bairros Menino Deus, Praia de Belas e Cidade Baixa voltaram a inundar. Imóveis que haviam sido limpos voltaram a encher de água.
No norte, no bairro Sarandi, uma parte da Avenida Sarandi e o talude de contenção do Arroio das Pedras cederam – uma área que não havia alagado na última enchente.
Por que os bairros alagaram?
O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Porto Alegre, Maurício Loss, explicou que os alagamentos ocorreram devido à intensa chuva em curto período e às galerias de escoamento entupidas com barro e lixo acumulados após a cheia do Guaíba. Ele nega que tenha havido um “colapso” no sistema de drenagem da cidade.
“As redes de drenagem também estão bem assoreadas (com acúmulo de sedimentos, como terra e areia). [Além disso], todos os arroios que desembocam no Guaíba não estão conseguindo ter vazão em razão da elevação do nível. Isso prejudica o escoamento da água das chuvas e alguns bairros da Zona Sul que não estavam alagados tiveram problemas com a chuva”, explicou.
Porto Alegre: a água dos bueiros desce e forma uma correnteza na Avenida Aparício Borges. Veiculos da Brigada, com motos aquáticas e barcos passam pela via.
23/5/2024, 15:35. pic.twitter.com/LgYtTuV9AL— Fernando Oliveira (@fernao_berthold) May 23, 2024