TAILÂNDIA

Aluna do Colégio Militar de SP conquista medalha de prata em Olímpiada Internacional

Heloisa Venancio está no 7º ano; estudante foi homenageada no 6º Fórum Paulista de Desenvolvimento, em Guarulhos

Aluna do Colégio Militar de SP conquista medalha de prata em Olímpiada Internacional
Aluna Heloísa Maioli Venancio – Créditos: Reprodução/Instagram

A aluna Heloísa Maioli Venancio, do 7º ano do Colégio Militar de São Paulo (CMSP), foi homenageada no 6º Fórum Paulista de Desenvolvimento (Fopa). O evento ocorreu em Guarulhos (SP) nesta segunda-feira (27).

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Heloísa conquistou medalha de prata na primeira fase da Olimpíada Nacional de Matemática, o que possibilitou que fosse classificada para a segunda fase, na Tailândia, em Bangkok. Ela conseguiu medalha de prata na competição internacional.

A aluna viajou à Ásia acompanhada da família e foi recepcionada pelo embaixador do Brasil na Tailândia, José Borges dos Santos Junior.

Sempre gostei de matemática. E meus pais sempre me incentivaram a estudar“, contou à Perfil Brasil. Heloisa disse estar “muito emocionada” de ver tudo o que conquistou e os lugares que tem alcançado.

O pai de Heloisa, Jefferson Venancio, afirmou à reportagem que “é uma alegria e orgulho imenso poder presenciar tudo o que ela tem conquistado através dos estudos e da dedicação que ela tem, especialmente na matemática. Ao vê-la sendo homenageada, vemos que todo esforço e dedicação não foi em vão, e acreditamos no potencial que ela tem para ir muito mais longe”.

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Trajetória

Heloisa contou que quando tinha 9 anos, “ficou sabendo do Colégio Militar e quis entrar“. Ela deu inicio aos estudos para o concurso de ingresso. “Eu fiquei nervosa no dia da prova, mas eu entendo que é algo comum isso. Quando saiu o resultado, descobri que fiquei em terceiro lugar na classificação”, afirmou.

Segundo o pai de Heloisa, foi “a partir daí” que ela “pegou gosto” e começou a participar de olimpíadas nacionais. “Em 2023 foram mais de 15 premiações nacionais e duas classificações para olimpíadas internacionais“, disse.

Ver sua filha de apenas 12 anos subir ao palco e receber uma medalha de prata como representante do nosso país é algo indescritível! Ainda mais na área de STEAM, onde a presença feminina não tem tanta representatividade, infelizmente. Ao conquistar essas premiações, ela está representando e incentivando cada menina do nosso país a se interessar pela área, e quem sabe se apaixonar pelo mundo olimpíco assim como ela“, acrescentou Jefferson.

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Ausência de patrocínio é um desafio

Tanto Heloisa quanto outros participantes brasileiros em Olimpíadas de Matemática sofrem com um grande desafio: a ausência de patrocínio. A falta de apoio financeiro limita as oportunidades desses jovens talentos de desenvolverem todo o seu potencial e de representarem o país em competições internacionais.

Participar das competições exige dedicação, tempo e recursos. Os estudantes precisam de materiais de estudo, inscrições, despesas de viagem e, muitas vezes, treinamentos especializados que podem ser caros. Sem patrocínio, muitas famílias não conseguem arcar com esses custos, o que restringe o acesso a essas oportunidades apenas para aqueles com condições financeiras suficientes.

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Outro aspecto crítico é a falta de visibilidade. Patrocinadores ajudam a promover os eventos e os talentos envolvidos, criando um ciclo virtuoso onde mais estudantes se sentem inspirados a participar. Sem patrocínio, as olimpíadas recebem menos cobertura da mídia, o que reduz o incentivo e o interesse público.

Para Jefferson, a ausência de patrocínio para a participação de Heloisa nas olimpíadas é “o maior desafio“, “especialmente as internacionais, cuja despesa com aéreo, inscrição, alimentação e hospedagem é alta e infelizmente não conseguimos custear“.

O pai afirmou que para conseguir levá-la à última competição na Tailândia, foi necessário “a ajuda da família e amigos na arrecadação do valor de aproximadamente $10.000 dólares com vakinha.com, rifas, venda de produtos e divulgação nas redes sociais“.

Sem isso, Heloisa não conseguiria ter ido e “nem conseguido mostrar o potencial que tem, representando tão bem nosso Brasil no exterior“, disse Jefferson. “Agora novamente nos deparamos com esse desafio, que é levá-la para outra olimpíada de matemática que acontecerá em julho, na Universidade Columbia, em Nova York. Sabemos do potencial dela e nos sentimos impotentes por não poder realizar essa viagem, caso a gente não consiga patrocínio“, acrescentou.

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