MAIS SEGURO

Bukele diz que gangues são ‘satânicas’ e que pacificar El Salvador foi um ‘milagre’

O presidente salvadorenho também disse que a “fórmula oficial” para o sucesso de sua “guerra” contra estas organizações criminosas foi fortalecer a polícia e duplicar o Exército

Bukele diz que gangues são 'satânicas' e que pacificar El Salvador foi um 'milagre'
Nayib Bukele é o atual presidente de El Salvador – Crédito: NA/Reprodução

O presidente Nayib Bukele descreveu as gangues de El Salvador como “satânicas”. Ele ainda afirmou considerar um “milagre” ter apaziguado o país ao prender mais de 80 mil supostos membros, em entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, transmitida na quarta-feira (5).

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“Gangues satânicas”

“À medida que cresciam, as organizações [criminosas] se tornavam satânicas. Passaram a fazer rituais satânicos”, disse Bukele sobre sua luta contra as gangues Mara Salvatrucha (MS-13) e Barrio 18 no país.

El Salvador está localizado na América Central, e tem pouco mais de 21 mil km² de área (equivalente à do estado de Sergipe).

Bukele também disse que a “fórmula oficial” para o sucesso de sua “guerra” contra estes grupos foi fortalecer a polícia e duplicar o Exército, mas que a verdadeira chave foi “um milagre”. O presidente defendeu que “em algumas semanas o país se transformou”.

“El Salvador era o país mais perigoso do mundo”

Acrescentou ainda que “estamos mais seguros do que qualquer outro país do Hemisfério Ocidental e se eu tivesse dito isto há cinco anos, teriam me dito que eu estava louco. Este era literalmente o país mais perigoso do mundo”, indicou.

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O presidente ressaltou que em março de 2022 as gangues “mataram 87 pessoas em 3 dias, o que para um país de 6 milhões de habitantes é uma loucura”.

Após esta escalada de violência, Bukele pediu ao Congresso que decretasse um regime de exceção, que vigora há 27 meses com mais de 80 mil supostos membros de gangues detidos. Esta medida, que permite prisões sem ordem judicial, é criticada por organizações humanitárias que advertem que “pessoas inocentes sofrem” na prisão.

Em três décadas, as gangues submeteram a população à extorsão, criaram um Estado paralelo e, segundo dados oficiais do governo salvadorenho, cometeram 120 mil homicídios, superando as 75 mil mortes deixadas pela guerra civil (1980-1992).

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