Milhares de peixes mortos cobriram a superfície de uma lagoa no estado de Chihuahua, no norte do México. As autoridades locais afirmam que o fenômeno foi causado por uma seca intensa e temperaturas que ultrapassaram os 40ºC. As mortes ocorreram na Lagoa Bustillos, próxima à cidade de Anahuac. Os níveis de água da lagoa estão perigosamente baixos, conforme as autoridades.
México 🇲🇽 “Em Chihuahua, no #México, milhares de peixes mortos foram encontrados na lagoa Bustillos devido a uma seca histórica. Os funcionários estão enterrando os peixes para evitar problemas de saúde.”
— 💎 אמת – 3️⃣6️⃣9️⃣🌐 🍀 – True (@YAUH07) June 8, 2024
Irma de la Pena, chefe do Departamento de Ecologia da cidade de Cuauhtemoc, em entrevista à CNN, afirmou que havia muito menos água na lagoa para os peixes e a qualidade da água restante era muito ruim. “Quando a quantidade de água diminui, os poluentes ficam mais concentrados e, portanto, afetam também as espécies que vivem aqui”, explicou De la Pena.
O estado de Chihuahua foi particularmente afetado pela seca, com a maior parte de seu território sofrendo os níveis mais extremos de seca. Praticamente 90% do México está sob algum nível de seca atualmente, a taxa mais elevada desde 2011, conforme dados do governo.
Seca afeta lagoas e agricultura local
Mortes em massa de peixes na área já haviam acontecido em anos anteriores, quando a lagoa secou, encalhando os animais. Além dos peixes, o gado, incluindo vacas e burros, também morreu à medida que as barragens ficaram vazias, e os agricultores enfrentaram dificuldades para garantir água.
O calor e a seca se tornaram tão graves que muitas pessoas que dependem da agricultura abandonaram a região. “Está muito abandonado porque como não chove… eles não se atrevem mais a continuar morando aqui”, disse Jesus Maria Palacios, criador de gado em Cuauhtemoc, à CNN.
Na lagoa, as autoridades locais estão correndo para cobrir os peixes mortos com cal viva, preocupadas que a rápida decomposição sob o sol escaldante possa representar um risco à saúde pública, atraindo insetos e espalhando doenças.
Eles estão pedindo ajuda às organizações locais. “O que precisamos é de apoio, especialmente tendo em conta o potencial que temos para um problema de saúde”, afirmou Saul Sausameda, presidente da comunidade Anahuac.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini