sem eficácia jurídica

O que é a ‘lista da vergonha’ da ONU que tem tanto Hamas quanto Israel?

A organização adicionou recentemente as forças armadas e de segurança israelenses e os braços armados da Jihad Islâmica Palestina no documento

A ONU divulgou um relatório que mostra um crescimento nos atos de violência contra crianças em áreas de conflito.
Rafah – Crédito: Reprodução/Youtube

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório que mostra um crescimento nos atos de violência contra crianças em áreas de conflito. Este documento, referente ao período entre janeiro e dezembro de 2023, aponta um aumento de 21% em graves violações. O levantamento indica, especificamente, que o número de assassinatos e mutilações de crianças cresceu 35%.

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Por conta disso, as Forças Armadas e de segurança israelenses, o Hamas e os braços armados da Jihad Islâmica Palestina foram incluídos na ‘lista da vergonha’ da ONU, na qual participam grupos “que cometem graves violações que afetam crianças” em conflitos. Dentre as regiões mais afetadas, Israel e o Território Palestino Ocupado figuram com o maior número de violações registradas.

Violações identificadas

Entre as violações mais graves registradas, está o assassinato de mais de 2.300 crianças palestinas, a maioria em Gaza, resultado do uso de explosivos em áreas densamente povoadas por parte das forças de segurança israelenses. Além disso, houve registros de 47 crianças israelenses sequestradas por grupos armados palestinos, além de frequentes ataques a serviços essenciais, como escolas e hospitais em ambos os territórios.

O que é a ‘lista da vergonha’ da ONU?

A chamada ‘lista da vergonha’ incluída nos relatórios do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, é um instrumento usado para identificar as partes em conflitos armados que cometem violações graves contra crianças. As entidades listadas, que incluem desde grupos armados não estatais como o Hamas até forças armadas nacionais, são marcadas pelo recrutamento e utilização de crianças, assassinato e mutilação de crianças, violência sexual contra crianças, ataques a escolas e hospitais e sequestro de crianças.

Este documento, embora sem eficácia jurídica imediata, exerce pressão moral e política sobre os mencionados, podendo influenciar as políticas internacionais e as decisões sobre transferências de armas para os países envolvidos.

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