importância do nitrato

Beterraba é aliada de mulheres na menopausa; saiba como consumir

Estudo mostra que o vegetal ajuda a blindar as artérias nessa fase, quando há um aumento no risco de doenças cardiovasculares; conheça outros benefícios

beterraba
Beterraba traz benefícios para mulheres na menopausa – Créditos: Canva

Mulheres na menopausa podem se beneficiar de um cardápio que inclua a beterraba. A conclusão é de um estudo publicado em junho no periódico científico Frontiers in Nutrition. Segundo o artigo, ela melhora a função endotelial, ou seja, auxilia na dilatação dos vasos. Isso porque acumula nitrato, substância precursora do óxido nítrico, um potente vasodilatador e que tem ação cardioprotetora.

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Na análise, os pesquisadores dividiram um grupo de 24 mulheres na pós-menopausa. Uma parte das voluntárias recebeu, durante uma semana, suco concentrado de beterraba; a outra turma tomou placebo. Por meio de exames de imagem, os cientistas observaram impactos positivos da bebida no fluxo sanguíneo.

Vários experimentos já comprovaram que o nitrato, vindo da beterraba e transformado em óxido nítrico, contribui para a elasticidade das artérias e a circulação. Também há evidências de seu papel no combate à hipertensão arterial.

Embora tais benefícios sejam bem-vindos em todas as fases da vida, com a entrada na menopausa, eles são ainda mais importantes. “Nessa fase, ocorre um aumento no risco cardiovascular devido à queda dos níveis de estrógeno, hormônio que tem efeito protetor”, comenta a nutricionista Giuliana Modenezi, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Se o novo trabalho revela essa função, há tempos a raiz faz sucesso entre esportistas — e, nesse contexto, coleciona estudos na literatura científica. “O mesmo nitrato, convertido em óxido nítrico, melhora a oferta de oxigênio e de nutrientes para os músculos durante o exercício”, explica a nutricionista. Como resultado, o atleta ganha força e rendimento.

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Beterraba: mistura nutritiva

Ainda que reúna tantos atributos, nem só de nitrato se faz uma beterraba. O alimento, de nome científico Beta vulgaris, é nativo das regiões de clima temperado da Europa e do norte da África. Popularmente, é chamado de raiz tuberosa, uma designação comum aos vegetais que acumulam nutrientes numa estrutura embaixo da terra.

A beterraba oferece um mix de compostos que atuam em sinergia. Um dos destaques é a betalaína, pigmento responsável pela aparência exuberante. “Além de dar cor, tem ação antioxidante e anti-inflamatória”, comenta a nutricionista do Einstein.

No quesito sais minerais, a raiz oferece boas doses de potássio e magnésio. “Uma dupla essencial à saúde muscular e cardiovascular”, diz Modenezi. Também concentra vitaminas do complexo B, vitamina C e fibras, as guardiãs do intestino.

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Como tirar proveito no dia a dia

 Versátil, o vegetal aparece nas mais diversas preparações, começando pelo suco, testado e aprovado pela ciência. Crua, a beterraba também pode ser ralada e incluída no recheio de sanduíches, nas saladas, entre outros pratos. Inclusive, há quem use até a folhagem e os talos dela nas receitas, basta caprichar na higienização.

Na forma cozida fica ótima em sopas – caso da borscht, originária do Leste Europeu –, desfila em refogados, purês e chips. Incrementa ainda bolos, tortas, tapiocas e outras massas. “Para assegurar todos os nutrientes, sobretudo a vitamina C, a recomendação é assar ou cozinhar no vapor”, sugere a especialista.

No caso de esportistas que desejam melhorar o desempenho com auxílio da beterraba, vale consultar um nutricionista. O profissional vai ajudar a definir a quantidade, de acordo com a modalidade, e ajustar outros detalhes. “Algumas preparações muito concentradas podem até causar desconfortos intestinais capazes de prejudicar o rendimento nas provas”, alerta Giuliana Modenezi.

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Por fim, aos que ainda não são tão fãs da raiz, mas que pretendem incluí-la no cardápio do dia a dia, a especialista avisa que mudanças no tom das fezes e da urina são esperadas após a ingestão. “A coloração rosa é um efeito colateral do consumo e é inofensivo”, explica.

Fonte: Agência Einstein

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