TODOS SÃO BAIXINHOS?

Ginastas devem ter baixa estatura? Saiba mais

Os atletas da ginástica, que são conhecidos por serem baixos, podem ter melhor desempenho e menor risco de lesões devido à baixa estatura

Os atletas da ginástica, que são conhecidos por serem baixos, podem ter melhor desempenho e menor risco de lesões devido à baixa estatura.
A prática de exercícios na puberdade pode estimular o atleta a permanecer baixo – Créditos: Reprodução/ X

Quando se fala sobre desempenho atlético, muitas vezes pensa-se em força, resistência e técnica. No entanto, um ponto que influência no desempenho dos atletas é a estatura. Segundo especialistas, uma menor altura pode oferecer vantagens significativas e até mesmo reduzir o risco de lesões. Na ginástica, por exemplo, os competidores são conhecidos por serem baixos.

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Na equipe feminina do Brasil, por exemplo, a mais alta é Rebeca Andrade, que tem 1,55m. Petrix Barbosa, ex-ginasta brasileiro, foi considerado um dos ginastas mais altos do mundo, medindo 1,78m. Ele relatou em 2015 que, durante as competições, acabava com diversas lesões no pulso e precisou de acompanhamento psicológico por conta de seu tamanho.

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Fernando Solera, ortopedista e médico do esporte, destaca que uma menor altura combinada a um bom desenvolvimento muscular facilita a execução de coreografias. “Desse modo, quedas também diminuem seus impactos e a chance de lesões no corpo desses atletas”, defendeu o profissional em entrevista ao UOL. Isso se deve à menor distância entre o corpo e o solo, o que suaviza o impacto.

A influência da estatura na estabilidade e prevenção de lesões

A estabilidade é outro fator importante quando se trata de menor estatura. Alex Souto Maior, doutor em fisiologia do exercício, explica que uma pessoa mais baixa sofre menos ação da gravidade e, portanto, tem maior estabilidade. “Por exemplo, uma árvore mais alta é menos estável do que uma árvore mais baixa. Uma pessoa mais alta tem maior ação da gravidade, gerando menor estabilidade e maior risco de lesões na prática do exercício”, exemplificou.

Essa analogia exemplifica que um centro de gravidade mais baixo pode ajudar o atleta a manter-se estável durante movimentos complexos, reduzindo o risco de torções, quedas e outras lesões comuns na prática esportiva da ginástica.

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Uma questão que surge é se a prática intensa de esportes pode influenciar a estatura dos atletas. Renato Andrade Chaves, neurocirurgião, esclarece que, embora a altura seja predominantemente definida por fatores genéticos, esportes de alto impacto treinados em alto nível desde a infância podem interferir no desenvolvimento. “O treinamento intenso durante a puberdade pode interferir no crescimento, pois a alta carga física e as demandas energéticas podem afetar os hormônios do crescimento”, explicou.

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