A cidade do Rio de Janeiro não vivia uma madrugada tão gelada desde 9 de julho de 2011, quando a temperatura mínima foi de 8,1°C. Desta vez, a surpresa foi um novo recorde: 8,3°C na madrugada desta terça-feira, 13 de junho de 2024.
A ressaca que atingiu a capital fluminense gerou repercussões significativas. Bombeiros do quartel de Copacabana e agentes do Grupamento Aéreo foram chamados por volta das 9h30 para resgatar uma pessoa que estava se afogando na Praia do Leme. A vítima foi levada em estado grave para o Hospital Miguel Couto, no Leblon.
Ressaca caus interdições preocupantes
No Leblon, a força das ondas resultou na interdição da pista da Avenida Delfim Moreira, sentido Ipanema, próximo ao posto 11. Embora as temperaturas devam subir gradualmente ao longo do dia, a máxima esperada não deve ultrapassar os 21°C na capital. Não há previsão de chuvas para nenhuma região do estado.
A quarta-feira, 14 de junho de 2024, também começa gelada, com possibilidade de mais um recorde de frio durante a madrugada. No entanto, a máxima deverá se elevar para 25°C.
Como o clima varia durante a semana?
Um sistema de alta pressão promete um tempo mais estável em todo o Rio de Janeiro no restante da semana. Isso favorece a redução da nebulosidade e eleva as temperaturas a cada dia, com máximas que podem chegar a 31°C na capital no sábado, 17 de junho de 2024. Pela manhã, a névoa é comum em alguns pontos, mas o sol aparece com mais força ao longo do dia.
Embora a ressaca termine na quarta-feira à noite, o mar vai continuar agitado pelo menos até quinta-feira, 15 de junho de 2024.
Não foi apenas o Rio de Janeiro que registrou baixas temperaturas. Que tal dar uma olhada nas mínimas que outras cidades do RJ alcançaram?
- Niterói: 13,5°C
- Seropédica: 9,3°C
- Duque de Caxias (Xerém): 9,1°C
- Paraty: 9,1°C
- Três Rios: 7,8°C
- Carmo: 6,8°C
- Valença: 6,3°C
- Rio Claro: 5,8°C
Qual o principal motivo por trás da frente fria?
Segundo a Climatempo, um ciclone extratropical formado em alto-mar no fim da semana favoreceu o avanço do ar polar pelo país. Esses ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica que surgem em latitudes médias e são formados pelo contraste de temperaturas entre massas de ar quente e fria.
O meteorologista Fábio Luengo explica que, embora o ciclone esteja afastado no mar na direção do Rio Grande do Sul, ele consegue empurrar o ar frio para o Centro-Sul do Brasil. Neste caso, o choque térmico não foi muito intenso, pois o tempo já estava frio, resultando em uma ‘frente fria seca’ que reforça as baixas temperaturas sem provocar chuvas.