FALAS POLÊMICAS

Maduro diz que TikTok quer guerra civil na Venezuela

O presidente venezuelano já havia criticado o WhatsApp e banido o uso do X no país, também pela suposta incitação de guerra

O presidente venezuelano Nicolás Maduro já havia criticado o WHatsApp e banido o uso do X no país, também pela suposta incitação de guerra.
Ele acusou os donos do TikTok de promoverem o fascismo na América Latina – Créditos: Getty Images

O presidente Nicolás Maduro fez acusações contra os proprietários da plataforma TikTok, afirmando que a rede estaria fomentando uma guerra civil na Venezuela. A declaração foi feita durante uma reunião com chefes das instituições do governo.

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Maduro acusou na última segunda-feira (12) explicitamente os diretores e proprietários do TikTok de apoiar o fascismo na América Latina e no mundo. “Vejam como o TikTok é imoral, acuso os diretores e proprietários do TikTok em todo o mundo de quererem uma guerra civil na Venezuela, de apoiarem o fascismo na América Latina e no mundo”, afirmou o presidente venezuelano.

Maduro diz que TikTok quer uma ‘guerra civil’ na Venezuela

O presidente criticou duramente a rede social chinesa de propriedade de Zhang Yiming. Maduro descreveu a plataforma como imoral, culpando-a por incitar a violência e desestabilização no país. Segundo ele, o TikTok está alinhado com interesses internacionais que buscam minar a estabilidade venezuelana.

Essa não é a primeira vez que Maduro critica e culpa redes sociais pela crise política na Venezuela. Recentemente, ele pediu para que todos os seus apoiadores desinstalassem o WhatsApp e migrassem para outras plataformas, pois eles estariam vigiando as conversas. Ainda, Maduro bloqueou o acesso do X no país, afirmando que a rede seria fascista.

“[A plataforma X] tem incitado o ódio, o fascismo, a guerra civil, a morte e o enfrentamento entre os venezuelanos e, com isso, violou todas as leis da Venezuela e na Venezuela há lei”, disse o presidente.

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Crise política na Venezuela

María Corina Machado, líder da oposição, anunciou que o candidato oposicionista Edmundo González assumirá o cargo de presidente em 10 de janeiro, quando termina o mandato do atual presidente Maduro. A oposição alega que González venceu as eleições com 67% dos votos, apresentando como prova um site com mais de 80% das atas digitalizadas.

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Segundo Machado, a vitória de González dependerá do comprometimento dos venezuelanos. “González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país”, afirmou. A crise eleitoral tem gerado uma atmosfera de incerteza e tensão, com manifestações e confrontos frequentes entre forças governamentais e manifestantes.

De acordo com uma reportagem do jornal The Wall Street Journal, os Estados Unidos estariam negociando uma possível anistia a Maduro caso ele aceite deixar a presidência. Embora a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, tenha negado que uma oferta específica tenha sido feita desde as eleições, isso não descarta a possibilidade de negociações em curso.

A proposta inclui cancelar uma recompensa de US$ 15 milhões, oferecida anteriormente por informações que facilitem a prisão de Maduro.

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