EM ESTADO DE ALERTA

Argentina isola navio que partiu do Brasil após suspeita de mpox

Um tripulante apresentou lesões cutâneas em seu corpo e foi isolado; Todos os passageiros estão cumprindo quarentena

Um tripulante apresentou lesões em seu corpo, possivelmente mpox, e foi isolado; Todos os passageiros estão cumprindo quarentena.
Navio com bandeira da Libéria saiu de Santos com destino à Santa Fé – Créditos: Canva

O Ministério da Saúde da Argentina relatou um caso suspeito de mpox em um tripulante de um navio vindo do Brasil. O tripulante, de nacionalidade indiana, apresenta lesões cutâneas no tronco e no rosto, e foi isolado das demais pessoas a bordo aguardando o resultado dos exames.

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O navio, chamado Ina-Lotte e registrado na Libéria, partiu do porto de Santos, em São Paulo, com destino ao Puerto San Lorenzo, na província de Santa Fé, na Argentina. A embarcação havia percorrido uma longa jornada iniciada no Atlântico Norte, passando pela Rússia, Holanda, França, Noruega e Reino Unido, antes de chegar ao Brasil no dia 26 de julho.

Com o relato dos sintomas do tripulante, as autoridades argentinas ativaram um protocolo de emergência. Equipes médicas e profissionais de saúde foram destacadas para examinar toda a tripulação da embarcação. Todos os tripulantes estão agora em quarentena, sem possibilidade de desembarque até a conclusão dos exames.

Como a mpox se espalha?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência de saúde pública global na última semana. O aumento significativo de casos na República Democrática do Congo e em países vizinhos, provocado pelo Clado Ib, elevou o nível de alerta.

Segundo especialistas, a transmissão do vírus da mpox ocorre principalmente através de contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas e objetos contaminados usados pelos pacientes.

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Embora a transmissão sexual não tenha sido confirmada, essa hipótese ainda está sendo investigada. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Além disso, surgem bolinhas na pele, especialmente no rosto, mãos e pés, que evoluem formando crostas que acabam caindo.

Além da República Democrática do Congo, o vírus já foi identificado em outros países africanos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Mais recentemente, casos foram reportados na Suécia. A disseminação internacional do vírus preocupa a comunidade mundial de saúde.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) tem distribuído lotes de vacina contra a mpox para vários países, incluindo o Brasil. A vacina, que requer duas doses com intervalo de 30 dias, é uma das principais estratégias para conter a disseminação do vírus.

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