Tudo junto e misturado! Os paulistas enfrentaram um sábado, 24 de agosto, repleto de condições climáticas extremas e contrastantes. O estado foi atingido por uma série de fenômenos naturais, desde fumaça e fogo até poeira, frio e calor em diferentes regiões. Esse cenário criou uma verdadeira “faxina” climática, trazendo fuligem do céu para as ruas e quintais, resultando na chamada “chuva preta.”
A combinação de eventos teve um impacto significativo no cotidiano dos moradores, que precisaram se adaptar rapidamente às mudanças bruscas no tempo. Com uma forte frente fria atingindo o estado, São Paulo experimentou um contraste térmico impressionante e ventos intensos.
Como os ventos intensos e a frente fria estão impactando a qualidade do ar?
O contraste térmico gerado pela chegada da frente fria foi responsável por rajadas de vento intensas, que levantaram grandes quantidades de poeira e dispersaram a fumaça em algumas áreas, enquanto em outras, atiçaram ainda mais os focos de fogo.
Base Aérea de Pirassununga registrou uma rajada de 80 km/h, enquanto o aeroporto de Ribeirão Preto teve ventos de 62 km/h. Viracopos, na região de Campinas, não ficou atrás, com rajadas de 61 km/h. Esse fenômeno se repetiu em várias outras cidades paulistas, como Piracicaba, Pradópolis e São Carlos.
Como foi o sábado dos paulistas?
Os paulistas vivenciaram um verdadeiro mix de experiências climáticas. Com 3175 focos de incêndio registrados em 23 dias, este agosto foi o pior desde 1998, quando o INPE começou a monitorar as queimadas. A enormidade da fumaça acabou “enganando” os radares meteorológicos, fazendo-os interpretar a fumaça como nuvens de chuva em algumas regiões.
Como o contraste térmico gerado pela frente fria afetou São Paulo?
Às 17 horas do sábado, a temperatura em Ribeirão Preto atingiu 36°C, enquanto em Presidente Prudente os termômetros marcavam 15°C. Esse forte contraste térmico foi outra consequência direta da frente fria que chegou ao estado. No final da tarde, o ar polar já havia derrubado a temperatura em metade do estado.
- Calor de 36°C em Ribeirão Preto
- Frio de 15°C em Presidente Prudente
- Temperaturas caindo rapidamente ao longo do dia
Como a forte chuva afetou São Paulo?
Após dias com umidade do ar abaixo de 20% e temperaturas subindo até 32°C, São Paulo foi surpreendida por uma forte chuva na sexta-feira, 23 de agosto. O céu e o sol vermelhos, causados pela fumaça, deram lugar a um cenário surpreendente: a chuva “preta.”
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a capital registrou 32,7°C na sexta-feira, mas no sábado, a temperatura não passou de 22°C. A previsão para o domingo é de máxima de aproximadamente 14°C, com possibilidade de recorde de menor temperatura desse ano.
- Chuva forte lavou a atmosfera
- Fuligem se depositou sobre carros e quintais
- Qualidade do ar melhorou temporariamente
O que esperar para os próximos dias?
Com a chegada da frente fria, os paulistas podem esperar um certo alívio dos incêndios e do calor. A chuva intensa ajudou a reduzir o risco de incêndios e melhorou a qualidade do ar, ainda que temporariamente. No entanto, o calor deve voltar no fim de agosto, aumentando novamente a seca e o risco de novos focos de incêndio.
O próximo fim de semana será crucial para determinar se essas condições extremas irão persistir ou se o clima voltará a um estado mais normal. Até lá, moradores de São Paulo devem se preparar para possíveis novos episódios de tempo severo.
Dessa forma, as variações climáticas dramáticas em São Paulo neste sábado não só desafiaram a população, mas também serviram como um lembrete das consequências das mudanças climáticas e do impacto das atividades humanas no meio ambiente.
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