A Latam demitiu os três pilotos que estavam na cabine de comando do voo 777-300 em julho deste ano. O avião, que voava de Milão a Guarulhos, bateu a cauda ao decolar. Uma investigação da autoridade de aviação italiana aponta que o incidente ocorreu porque o computador de bordo utilizava dados errados.
Depois de sair do aeroporto de Malpensa na Itália, a aeronave voou em círculos para despejar combustível e pousou no mesmo local uma hora e meia depois. Os 383 passageiros foram realocados para outros voos, e ninguém ficou ferido.
Avião com “Tail Strike”
O incidente é chamado de “tail strike”, e pode gerar dano estrutural para a aeronave. Em casos graves, leva à perda do controle, mesmo com baixo risco de fatalidades.
A agência de segurança de voo italiana, a ANSV, divulgou um relatório preliminar sobre o ocorrido na última sexta-feira (23). De acordo com o documento, o sistema de gerenciamento de voo do computador de bordo do avião havia sido preenchido com dados incorretos.
A tarefa é responsabilidade dos pilotos. No dia, três comandantes estavam na cabine: um instrutor, que comandava a aeronave no momento, um comandante em treinamento e um de apoio, que assumiria a aeronave enquanto um dos outros dois estivesse em horário de descanso.
Ainda de acordo com o texto, a aeronave ficou com alguns componentes danificados após o erro. Além disso, a pista do aeroporto ficou com uma marca de 723 metros de comprimento em sua extensão.
É um incidente comum?
O levantamento ainda traz que 79% dos acidentes desta categoria ocorreram durante o pouso ou durante arremetidas. No caso do avião da Latam, o tail strike aconteceu na decolagem.