A cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, registrou nesta quinta-feira (5), 43,6 µg/m3 (microgramas por metro cúbico) de material particulado do tipo PM2.5, de acordo com a plataforma suíça de monitoramento do ar, IQAir. Este nível de poluição é quase nove vezes pior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Classificada como “insalubre para grupos vulneráveis”, a previsão é de que a poluição permaneça nesse nível até a próxima semana. Isso acontece devido a uma combinação de fatores como fumaça dos incêndios florestais nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, onda de calor e baixa precipitação.
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Poluição atmosférica em Belo Horizonte
Se a qualidade do ar já era uma preocupação, Belo Horizonte está há 140 dias sem chuvas significativas — a última precipitação relevante ocorreu em 18 de abril de 2024. A falta de chuva, combinada com altas temperaturas, agrava a situação da poluição na cidade.
Com a onda de calor prevista para continuar, a cidade enfrenta temperaturas que atingem até 35ºC nesta quinta-feira. Além disso, a Defesa Civil Municipal emitiu um alerta de baixa umidade do ar, que deve ficar em torno de 10%.
O que esperar para as próximas semanas?
De acordo com a Defesa Civil Estadual, a expectativa é que o transporte de umidade do oceano para o interior do continente ajude a minimizar o calor intenso no centro-leste mineiro, incluindo Belo Horizonte. Atualmente, 137 cidades mineiras estão em situação de anormalidade por conta da seca.
Nesse grau de poluição atmosférica, a recomendação é reduzir exercícios físicos e ao ar livre, fechar as janelas para evitar ar externo e usar purificador de ar nas residências. Os grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças, devem usar máscaras de proteção fora de casa.