O Pix revolucionou a forma como realizamos transações financeiras no Brasil desde o seu lançamento. Contudo, seu uso também trouxe à tona diversos tipos de fraudes e golpes. Para proteger os usuários, um mecanismo de devolução foi implementado. Mas você sabe como ele funciona e como se proteger?
Desde seu lançamento, o Pix se destacou pela velocidade e praticidade, permitindo transferências em tempo real. No entanto, a rapidez nas transações também trouxe preocupações em relação à segurança. A criação do mecanismo de devolução visa exatamente trazer mais tranquilidade aos usuários, mas é fundamental conhecê-lo bem para usá-lo de forma eficiente e protegida.
Como funciona o mecanismo de devolução do Pix?
Quando uma pessoa é vítima de fraude, golpe ou crime através do Pix, ela tem até 80 dias para registrar uma solicitação de devolução junto ao seu banco. Após receber o pedido, a instituição financeira avalia o caso e, se julgar pertinente, bloqueia os recursos na conta do recebedor do Pix.
A partir do bloqueio dos recursos, a instituição financeira analisa o caso em até sete dias. Se for comprovada a fraude, o valor pode ser devolvido integral ou parcialmente em até 96 horas. Caso não seja constatada qualquer irregularidade, o recebedor terá o valor desbloqueado.
Como é feita a análise dos pedidos de devolução?
A análise dos pedidos de devolução envolve diversos critérios e procedimentos para garantir a justiça e segurança na resolução dos casos. Uma vez que o bloqueio dos recursos é realizado, a instituição financeira deve avaliar vários aspectos, como a autenticidade das alegações de fraude e as evidências apresentadas.
O prazo para essa análise é de até sete dias. Durante esse período, são realizadas investigações para validar a ocorrência da fraude. Se a fraude for comprovada, o valor pode ser devolvido em até 96 horas. Em contrapartida, se não forem encontradas irregularidades, os recursos são desbloqueados para o recebedor.
Quais são os principais desafios na devolução pelo Pix?
A devolução de valores via Pix nem sempre é simples, pois existem diversos desafios. Um dos principais é a rápida movimentação dos valores transferidos para outras contas, especialmente por criminosos. Essa movimentação rápida pode dificultar a recuperação do dinheiro.
Muitas vezes, quando a instituição financeira tenta realizar o bloqueio ou a devolução dos valores, o saldo já não está disponível na conta do destinatário. Essa situação é um grande obstáculo, como mencionado por Mariana Prado Lisboa, advogada especializada em meios de pagamento: “Quando a instituição financeira tenta fazer o saque do MED, já não encontra nada”.
Como evitar golpes relacionados ao Pix?
Embora o Pix tenha mecanismos de segurança, é importante estar atento para evitar cair em fraudes. Confira algumas dicas para se proteger:
- Verifique sempre os dados do destinatário: Antes de efetuar uma transferência, confira cuidadosamente as informações do recebedor.
- Desconfie de pedidos de devolução: Caso receba um Pix inesperado e alguém entre em contato solicitando a devolução do valor, desconfie. Entre em contato com seu banco para verificar a situação.
- Mantenha seus dados seguros: Nunca compartilhe suas senhas e dados bancários com terceiros. Use autenticação em duas etapas, se disponível.
- Monitore suas contas: Verifique regularmente suas transações bancárias para identificar qualquer movimentação suspeita.
O que fazer em caso de golpe?
Se você for vítima de um golpe, registre imediatamente a ocorrência junto ao seu banco e à polícia. Quanto mais rápido a ação for tomada, maiores são as chances de bloqueio e recuperação do valor.
Empresas financeiras estão continuamente aprimorando seus sistemas de segurança para proteger os usuários do Pix. Esteja sempre atento e siga as recomendações de segurança para evitar problemas e garantir uma experiência segura com o Pix.
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