ESCALADA NA TENSÃO

Hezbollah lança mísseis contra base militar de Israel

Segundo as Forças Armadas israelenses, cinco projéteis oriundos do Líbano foram interceptados com sucesso. Este ataque ocorreu poucas horas após o grupo radical reivindicar a autoria de um ataque com drones contra outra base em Haifa

Hezbollah lança mísseis contra base militar de Israel após reivindicar ataques de drones
Hezbollah reivindica autoria de ataques com drones a bases militares de Israel – Crédito: Getty Images

O grupo xiita Hezbollah anunciou, neste domingo (13), que lançou mísseis contra uma base militar de Israel situada no sul de Haifa, cidade localizada no norte de Israel, próxima à fronteira com o Líbano. Após os disparos, sirenes de alerta foram ativadas na região.

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Segundo as Forças Armadas de Israel, cinco projéteis oriundos do Líbano foram interceptados com sucesso. Este ataque ocorreu poucas horas após o Hezbollah reivindicar a autoria de um ataque com drones contra outra base em Haifa, que resultou na morte de quatro soldados e deixou mais de 60 pessoas feridas.

As autoridades israelenses estão investigando as causas da falha no sistema de defesa que não interceptou o ataque inicial, nem acionou as sirenes na área atingida.

Os ataques foram declaradamente dedicados ao ex-líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto no mês passado em um ataque israelense em Beirute. A milícia libanesa declarou que se tratava de uma “resposta aos ataques sionistas”. Em uma recente ameaça, o Hezbollah prometeu novos ataques caso Israel mantenha suas operações militares no Líbano.

Confrontos entre Hezbollah e Israel

Simultaneamente, o Hezbollah relatou confrontos com armas automáticas e foguetes contra soldados israelenses em quatro vilarejos na fronteira sul do Líbano. O grupo informou ter emboscado soldados israelenses e divulgou um áudio de Hassan Nasrallah incitando seus combatentes.

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O Exército de Israel confirmou batalhas “corpo a corpo” com militantes do Hezbollah e anunciou a captura do primeiro combatente do grupo libanês desde o início da ofensiva terrestre no Líbano, em 30 de setembro.

Após enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel redirecionou suas operações para o Líbano. As tensões entre os dois países têm resultado em trocas de tiros quase diárias. Segundo o governo israelense, a mudança no foco das operações visa permitir o retorno seguro de cerca de 60 mil israelenses deslocados. No entanto, pelo menos 700 mil libaneses foram forçados a se deslocar devido à intensificação do conflito no Líbano por parte de Israel.

Ações da ONU

O impacto do conflito entre Israel e Hezbollah chegou à ONU, onde o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu ao secretário-geral António Guterres que retirasse as tropas da UNIFIL (Força Provisória das Nações Unidas no Líbano) devido a riscos crescentes. Netanyahu alegou que a presença das forças de paz da ONU coloca os soldados em perigo. Contudo, a UNIFIL, com apoio de seus comandantes, reiterou sua decisão de permanecer na região.

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Forças da UNIFIL, lideradas pela Espanha e contando com cerca de 9,5 mil tropas de aproximadamente 40 países, afirmaram que os ataques que feriram soldados poderiam ser considerados crimes de guerra. O porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, expôs preocupações sobre a violação das leis internacionais e destacou a potencial gravidade desses incidentes.

Repercussões Internacionais e Trégua

A intensificação dos conflitos também gerou reações internacionais. O Papa Francisco divulgou um apelo para que o respeito seja mantido com os capacetes azuis no Líbano, enquanto líderes ocidentais pressionaram por uma desescalada na região. O presidente francês, Emmanuel Macron, dialogou com o presidente iraniano Masud Pezeshkian, incitando o Irã a influenciar seus aliados na busca por paz e estabilidade.

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