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Israel ignora pressão internacional e ocupa base da ONU no Líbano

A comunidade global, incluindo países da Europa Ocidental que contribuem com tropas para a UNIFIL, manifestou-se duramente contra as ações israelenses

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Netanyahu – Créditos: depositphotos.com / Ale_Mi

Recentemente, a relação tensa entre Israel e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi agravada após mais ataques dirigidos a bases da ONU no sul do Líbano. Tanques das Forças Armadas de Israel invadiram neste domingo, 13, uma base da missão de paz da ONU no Líbano, de acordo com informações das Nações Unidas. Este foi mais um ataque de Tel Aviv contra a Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) em um curto intervalo de dias.

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Vale ressaltar que tanques das Forças Armadas de Israel bombardearam posições das tropas da ONU no sul do Líbano na quinta, 10, e sexta-feira, 11, ferindo cinco soldados. Tais eventos geraram reações internacionais contundentes e levantaram questões sobre os limites da operação de paz no território libanês. No domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que as tropas da ONU devem deixar as áreas de combate no Líbano, alegando que sua presença as torna reféns do Hezbollah.

Declarações e posicionamentos internacionais sobre ataques no Líbano

A comunidade internacional, incluindo países da Europa Ocidental que contribuem com tropas para a UNIFIL, manifestou-se duramente contra as ações israelenses. A Itália mencionou possíveis crimes de guerra, enquanto a França formalizou um pedido de explicações a Israel através de seu embaixador. Além disso, 40 países, entre eles o Brasil, emitiram declarações de repúdio, sem especificar diretamente Israel em seus comunicados conjuntos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou a necessidade de retirada das tropas da UNIFIL das áreas de conflito, argumentando que sua presença as torna vulneráveis ao Hezbollah. Israel mantém que suas operações visam alvos específicos do grupo armado e acusa o Hezbollah de utilizar instalações da ONU como cobertura para atividades hostis. Até o momento, as provas dessas alegações não foram apresentadas, e o Hezbollah nega tais acusações.

Desde o início da invasão israelense, mais de 1,2 milhão de libaneses foram deslocados, e as fatalidades superam 2.000, segundo fontes de Beirute. Os ataques não afetaram apenas capacetes azuis, mas também socorristas libaneses, aumentando as preocupações humanitárias na região. A resposta internacional inclui pedidos contínuos de cessar-fogo e o respeito às missões de paz, com pressão exercida por líderes religiosos como o papa Francisco em suas declarações públicas.

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