Quando Dody Sirena saiu do Rio Grande do Sul na década de 1980 para se aventurar no eixo Rio-SP, onde tudo acontecia no setor de entretenimento, música e show business, os desafios foram muitos. O primeiro deles foi convencer os astros da música internacional a transformar o Brasil em rota de shows. “No início, achavam que a capital era Buenos Aires e muitos traziam sua própria comida”, lembra.
Ele foi responsável por trazer ao país nomes como Michael Jackson, Paul McCartney, Guns N’Roses, Coldplay e U2, só para citar alguns. Em entrevista exclusiva, Dody revela algumas estratégias da época:
“Eu trouxe a turnê de Rod Stewart e a inflação era mais de 1000% ao ano. A pergunta é como a gente conseguiu lotar estádios de futebol? Não tinha a cultura de venda de ingressos antecipados, pois ingressos eram vendidos na semana… A gente programava as datas que não fossem período e final de novela, pois pra quem não sabe, a audiência era em torno de 70 ou 80%! Aí, como a gente pagava as contas? uma das nossas fontes era o Overnight, o investimento mais comum na época. Vendíamos ingresso e corríamos no banco para aproveitar o rendimento durante a noite.”
Dody Sirena: quem ainda não trouxe ao Brasil?
Depois de estar à frente de tantos festivais e trazer ao Brasil tantos astros da música mundial, fica a pergunta: quem ainda falta trazer? A resposta veio rápida: “Adele, que, inclusive, tem falado no Brasil nos últimos shows e entrevistas!”
A vida contada em um livro
Quando perguntado sobre o governo (seja ele qual for) e a interferência no setor de entretenimento, Dody é preciso: “é preciso reduzir a burocracia para trazer artistas e investimentos ao país”. Apesar dos desafios, fala com orgulho da trajetória de sucesso e da marca que deixou no show business mundial. As histórias por trás dos shows, bastidores e curiosidades são reveladas pela jornalista Léa Penteado em um livro que reuniu amigos e parceiros de trabalho.
Confira a entrevista completa concedida ao CARAS Business.
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