escalada do conflito

Netanyahu diz que guerra na Faixa de Gaza não acabou, após morte do líder do Hamas

Yahya Sinwar estava na lista de terroristas globais do Departamento de Estado dos Estados Unidos desde 2015 e foi alvo de sanções do Reino Unido e da França.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o conflito na Faixa de Gaza ainda está longe do fim.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu – Crédito: Amir Levy/Getty Images

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (17) que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, representa uma possível abertura para a paz no Oriente Médio, mas frisou que o conflito na Faixa de Gaza ainda está longe do fim.

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Hoje acertamos as contas. Hoje o mal foi desferido com um golpe, mas nossa tarefa ainda não foi concluída”, declarou Netanyahu em um pronunciamento.

Segundo o primeiro-ministro, o momento é significativo para as famílias dos reféns. “Para as queridas famílias de reféns, eu digo: este é um momento importante na guerra. Continuaremos com força total até que todos os seus entes queridos, nossos entes queridos, estejam em casa”, assegurou ele.

Impacto na Faixa de Gaza

Netanyahu se dirigiu também à população da Faixa de Gaza, enfatizando que este é um momento para se libertarem do domínio do Hamas. Ele afirmou que essa é uma “oportunidade” para eles “finalmente se libertarem da tirania [do Hamas]”.

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O premiê ainda parabenizou as tropas israelenses responsáveis pela operação e reafirmou seu objetivo de eliminar as lideranças do Hamas. “Agora está claro para todos, em Israel e no mundo, por que insistimos em não acabar com a guerra”, pontuou, defendendo a continuidade dos combates.

Quem foi Yahya Sinwar?

Yahya Sinwar, líder do Hamas, nasceu em 1962 em Khan Younis, um campo de refugiados no sul de Gaza. Ele foi um dos principais arquitetos da ala militar do Hamas antes de assumir o comando político e estabelecer novas conexões com potências árabes. Em 2017, Sinwar foi eleito para o Politburo, órgão de decisão do Hamas, e se tornou a principal liderança política em Gaza.

Ele estava na lista de terroristas globais do Departamento de Estado dos Estados Unidos desde 2015 e foi alvo de sanções do Reino Unido e da França.

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O conflito na Faixa de Gaza

Desde o último ano, Israel intensificou os ataques aéreos contra o Hamas após uma ofensiva do grupo radical que resultou na morte de 1.200 israelenses, conforme dados do governo israelense. Além disso, o Hamas mantém dezenas de reféns, o que agrava a tensão na região.

A postura do Hamas de não reconhecer o Estado de Israel e reivindicar o território israelense para a Palestina está no centro do conflito. Netanyahu prometeu neutralizar a força militar do grupo e libertar os reféns em Gaza. As operações militares incluem tanto bombardeios quanto incursões terrestres, levando ao deslocamento de grande parte da população de Gaza.

Organizações internacionais, incluindo a ONU, alertam para uma crise humanitária crescente na região, com escassez de alimentos, medicamentos e a proliferação de doenças.

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Em meio ao prolongamento do conflito, Netanyahu enfrenta críticas internas, com manifestações populares exigindo um acordo de cessar-fogo que leve à libertação dos reféns.

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