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Israel confirma morte de líder do Hamas, Yahya Sinwar, mentor do 7 de outubro

Autoridade era apontada como um dos principais responsáveis pelos atentados de 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortes em Israel

Yahya Sinwar, o líder eleito do Hamas, aparece durante uma cerimônia para combatentes mortos por ataques aéreos israelenses no Estádio de Futebol Yarmouk em 24 de maio de 2021 na Cidade de Gaza
Yahya Sinwar, o líder eleito do Hamas, aparece durante uma cerimônia para combatentes mortos por ataques aéreos israelenses no Estádio de Futebol Yarmouk em 24 de maio de 2021 na Cidade de Gaza – Crédito: Getty Images

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou nesta quinta-feira (17) a morte de Yahya Sinwar, principal líder do Hamas. Sinwar era apontado como um dos responsáveis pelos ataques realizados no dia 7 de outubro. “O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi morto hoje por soldados das Forças de Defesa de Israel [FDI]”, afirmou Katz em comunicado oficial.

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Além da declaração do governo israelense, foi informado que autoridades dos Estados Unidos também foram notificadas da morte de Sinwar. De acordo com fontes da CNN, a confirmação foi realizada por meio de testes preliminares de DNA. O confronto que resultou na morte de Yahya Sinwar teria ocorrido em uma residência na cidade de Rafah, ao sul de Gaza.

Confronto direto com o Hamas

Sinwar era apontado como um dos principais responsáveis pelos atentados de 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortes em Israel. O governo israelense prometeu retaliação e jurou capturá-lo ou matá-lo logo após os ataques.

Além disso, o Exército de Israel afirmou que, na área da operação em Rafah, não foram encontrados reféns israelenses sequestrados durante os atentados de outubro.

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No mesmo dia, Israel realizou um ataque a uma escola em Jabalia, Gaza, que abrigava pessoas deslocadas. Segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, 28 pessoas morreram no local. O grupo nega o uso da escola para atividades militares. Não se sabe se essa ação está relacionada à que teria matado os três militantes.

Quem é Yahya Sinwar

Yahya Sinwar era o principal líder do Hamas na Faixa de Gaza. Ele assumiu o comando do grupo após a morte de Ismael Haniyeh, morto por Israel no Irã em julho. Antes disso, Sinwar passou 23 anos preso em Israel, cumprindo quatro sentenças de prisão perpétua pelo assassinato de soldados israelenses e palestinos acusados de colaborar com Israel.

Em 2011, foi libertado junto a outros 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado pelo Hamas. Desde 2000, ele e outros líderes do Hamas estavam vivendo em esconderijos subterrâneos, devido à política de Israel de realizar assassinatos seletivos contra os chefes da facção.

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Em 2018, durante negociações para uma trégua com Israel, Sinwar escreveu, à mão e em hebraico, uma mensagem ao então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com as palavras: “risco calculado”. A mensagem resultou na liberação de auxílio financeiro do Catar à Faixa de Gaza, em troca de um cessar-fogo, sem que outras demandas, como troca de prisioneiros, fossem atendidas.

Sinwar era amplamente visto como um dos mentores intelectuais dos ataques de 7 de outubro. Após esses eventos, Israel declarou guerra ao Hamas e iniciou uma série de bombardeios sobre Gaza, causando mais de 42 mil mortes, segundo dados do grupo terrorista. Entre as vítimas, há um grande número de mulheres e crianças.

“Yahya Sinwar, o líder do Hamas que reacendeu a guerra entre a Palestina e Israel, é um homem morto”, declarou Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, após os atentados de outubro de 2023.

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