crise elétrica

70% dos paulistanos consideram Enel muito responsável por apagões, segundo Datafolha

apagões
Pesquisa Datafolha mostra que 71% dos paulistanos acham que o contrato com a Enel deveria ser cancelado por causa dos apagões frequentes – Créditos: Reprodução/Canva

Nos últimos meses, os frequentes apagões em São Paulo e na região metropolitana têm sido motivo de crescente insatisfação entre os residentes. Diversos fatores são apontados como responsáveis por essas interrupções no fornecimento de energia elétrica. A concessionária Enel e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estão no centro das discussões devido ao impacto significativo dos apagões na vida cotidiana dos paulistanos.

Publicidade

Nos dias 23 e 24 de outubro de 2023, uma pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que uma parcela significativa da população considera a Enel como a principal responsável pelos apagões. Ademais, muitos paulistanos avaliam que as administrações municipais e estaduais também compartilham dessa responsabilidade. A situação gerou debates acalorados, principalmente devido aos prejuízos causados aos moradores da região.

Como a população percebe a situação atual?

A pesquisa do Datafolha revela que 71% dos paulistanos acreditam que o contrato da Enel deveria ser cancelado, refletindo uma insatisfação generalizada com os serviços prestados pela concessionária. Além disso, há uma percepção amplamente difundida de que a cidade de São Paulo está mal preparada para lidar com eventos climáticos adversos, como tempestades e ventos fortes, o que exacerba a crise energética.

Políticas públicas inadequadas e a falta de infraestrutura resiliente são fatores que agravam a situação, com os paulistanos demonstrando pouca confiança na capacidade dos governos locais para mitigar os efeitos dos apagões. Enquanto 51% responsabilizam diretamente a gestão do prefeito Ricardo Nunes, 49% apontam o governo estadual, e 46% atribuem a culpa ao governo federal.

Quais foram os impactos dos apagões na população?

O impacto dos apagões é sentido não apenas em aspectos logísticos do dia a dia, mas também em questões de segurança e saúde. Aproximadamente 34% dos paulistanos experimentaram falta de energia nas últimas semanas, e muitos relataram que os problemas persistiram por mais de 24 horas. A falta de eletricidade causou prejuízos significativos a esses moradores, destacando-se a perda de alimentos por falta de refrigeração e a impossibilidade de uso de equipamentos médicos essenciais.

Publicidade

A crise também teve efeitos colaterais na economia doméstica e nos negócios locais. Alimentos estragados e aparelhos eletrônicos danificados foram problemas comuns entre os afetados, exacerbando as dificuldades econômicas enfrentadas por muitas famílias.

A resposta das autoridades e as futuras perspectivas

Com a recorrência dos apagões, o tema rapidamente se tornou um ponto crítico nas discussões políticas. Os representantes municipais e estaduais dirigiram duras críticas à Enel e ao governo federal, enquanto o Ministério de Minas e Energia alegou falhas na supervisão da Aneel. Em meio às acusações mútuas, é evidente que as soluções de longo prazo devem envolver tanto melhorias na infraestrutura quanto no marco regulatório do setor energético.

Leia mais:

Publicidade

Rodrigo Bocardi detona companhia de energia após SP sofrer apagão: ‘Migalhas’

MC Daniel desabafa após enfrentar perrengue por falta de energia: ‘Impossível’

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.