"causas externas"

Por que homens morrem mais do que mulheres no Brasil?

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Censo do IBGE aponta que homens tem mortalidade mais alta que mulheres por “causas externas” – Créditos: Canva

Os dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a mortalidade dos homens no Brasil supera significativamente a feminina em praticamente todas as faixas etárias. Essa sobremortalidade é mais evidente entre os 15 e 34 anos, atribuída principalmente a causas externas como acidentes de trânsito e homicídios. No entanto, esse quadro só se inverte após os 80 anos, quando as mulheres se tornam maioria na população.

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No Brasil, enquanto nascem mais homens, eles têm uma expectativa de vida reduzida ao longo das décadas. A faixa etária de 20 a 24 anos destaca-se com uma diferença marcante, onde a proporção de mortes masculinas chega a ser 3,7 vezes maior que a feminina. Em números absolutos, de agosto de 2021 a julho de 2022, foram registrados mais de 1,3 milhão de óbitos, sendo 54,5% de homens.

Por que os homens morrem mais no Brasil?

A mortalidade acentuada entre os homens jovens se deve em grande parte às chamadas “causas externas”, que incluem acidentes, homicídios e suicídios. Esses eventos são mais frequentes em áreas urbanas e regiões com altos índices de violência. Além disso, questões como o acesso reduzido aos serviços de saúde, hábitos de vida mais arriscados e fatores socioeconômicos contribuem para a sobremortalidade masculina.

Quais regiões são mais afetadas pela mortalidade dos homens?

A sobremortalidade masculina no Brasil também varia consideravelmente de acordo com a região. Os estados do Norte, como Tocantins, Rondônia e Roraima, lideram com as taxas mais altas. Nesses locais, a proporção de mortes masculinas em relação às femininas chega a ser 1,5 vezes maior no Tocantins, por exemplo. Em contraste, estados como Rio de Janeiro e Pernambuco apresentam as menores taxas, demonstrando uma desigualdade regional significativa.

Quais são os impactos sociais e demográficos deste fenômeno?

A alta mortalidade masculina tem diversos impactos sociais e demográficos. Por exemplo, contribui para um desequilíbrio na proporção de gêneros na população, especialmente em faixas etárias mais jovens e produtivas. Isso afeta a estrutura familiar, o mercado de trabalho e até mesmo as políticas públicas, que precisam se adaptar às mudanças demográficas decorrentes desse fenômeno.

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Qual é o futuro da população envelhecida e feminina no Brasil?

Com a sobremortalidade masculina e o aumento da expectativa de vida feminina, o Brasil se torna um país com uma população mais envelhecida e predominantemente feminina. Isso traz desafios e oportunidades, especialmente em áreas de saúde e previdência social. As políticas públicas precisam ser direcionadas para atender às necessidades de uma população que está vivendo mais, mas que também enfrenta questões relacionadas à qualidade de vida na terceira idade.

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