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Acusações e troca de farpas: como foi o último debate entre Boulos e Nunes?

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Boulos e Nunes trocaram farpas e acusações no seu último debate antes do segundo turno – Créditos: Fabio Tito/g1

O recente debate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos foi palco de intensas trocas de acusações e estratégias políticas distintas. Os dois candidatos à prefeitura de São Paulo destacaram pontos polêmicos de suas campanhas, trazendo à tona críticas e suspeitas sobre a gestão atual e propostas futuras. O evento contou com interações marcantes entre os candidatos, com Nunes buscando evidenciar sua experiência enquanto Boulos destacava possíveis irregularidades na administração municipal.

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O formato do debate permitiu que ambos os candidatos caminhassem pelo estúdio, facilitando uma interação direta. Essa disposição física do espaço resultou em alguns momentos de tensão entre os adversários, o que adicionou uma camada de dinamismo ao evento. As discussões abordaram desde percepções de postura política até suspeitas relacionadas à administração pública, configurando um encontro carregado de significados e implicações para o futuro da cidade.

Qual foi a estratégia de interação dos candidatos no estúdio?

Durante o debate, a liberdade para se movimentar no estúdio foi utilizada por Boulos como uma tática para pressionar Nunes fisicamente. Em determinados momentos, Boulos aproximava-se do atual prefeito ao fazer questionamentos, desestabilizando-o e tentando associá-lo à falta de firmeza. Nunes, em resposta, solicitou mais de uma vez que Boulos respeitasse seu espaço pessoal, evidenciando seu desconforto com a proximidade.

Além dessas interações diretas, os candidatos também interagiram com um mapa da cidade projetado no estúdio, que serviu como recurso visual para discutir seus planos e críticas. Essa dinâmica permitiu que ambos os candidatos estruturassem suas argumentações de forma mais concreta, proporcionando ao público uma compreensão mais clara de suas propostas e críticas.

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Como o tema de “extremismo” foi abordado por Boulos e Nunes?

O “extremismo” foi uma das principais acusações feitas por Nunes contra Boulos. O prefeito buscou associar seu adversário a políticas polêmicas, como a descriminalização das drogas e críticas à Polícia Militar. Segundo Nunes, estas são posturas extremas que poderiam prejudicar a segurança e a ordem na cidade. A tática de atacar o adversário com rótulos de extremismo visava descredibilizar Boulos diante de eleitores mais conservadores e preocupados com a segurança.

Em contrapartida, Boulos defendeu uma diferenciação entre usuários e traficantes nas políticas de drogas, argumentando que sua proposta busca tratar os usuários mais como questão de saúde pública do que como criminosos. Ele tentou desviar a acusação de extremismo, posicionando-se como um defensor de políticas mais humanitárias e reformistas.

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Quais foram as principais acusações de Boulos sobre supostas irregularidades na administração de Nunes?

Um dos pontos altos do debate foram as acusações levantadas por Boulos sobre supostas irregularidades na administração de Nunes, especialmente no que se refere à gestão de creches por organizações sociais. O deputado resgatou investigações da Polícia Federal sobre desvios de verbas, ressaltando suspeitas sobre lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito.

Boulos mencionou uma investigação que traça elos entre Nunes e a gestão dessas creches, trazendo à tona a suspeita de pagamentos indevidos por serviços não prestados. Nunes refutou firmemente as acusações, destacando sua trajetória limpa e a ausência de indiciamentos ao longo de sua carreira política. Apesar disso, as alegações de Boulos criaram um clima de questionamento sobre a transparência da atual administração municipal.

Como as ligações pessoais de colaboradores de Nunes impactaram o debate?

Outro ponto levantado por Boulos foi a relação de Eduardo Olivatto, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, com figuras controversas no cenário criminal. Foi mencionado que Olivatto tem laços familiares com Marcola, figura proeminente no Primeiro Comando da Capital (PCC). Nunes se defendeu afirmando que Olivatto é funcionário de carreira e que tais associações não têm relação com seus deveres na prefeitura.

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