Boulos diz que fala de Tarcísio sobre voto de facção é ‘crime eleitoral’

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Guilherme Boulos diz que fala de Tarcísio é crime eleitoral” – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O cenário político em São Paulo ganhou tensão após declarações do governador Tarcísio de Freitas, que vincularam a facção criminosa PCC a um apoio velado ao candidato Guilherme Boulos. A acusação foi feita no dia da votação, deixando o ambiente eleitoral ainda mais inflamado. Tarcísio, ao lado de seu aliado político Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, discursou para a imprensa no colégio Miguel Cervantes na zona sul da capital.

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Em resposta, Guilherme Boulos, candidato pelo PSOL, refutou categoricamente as afirmações do governador. Boulos indicou que a acusação carecia de fundamentos, apontando também para investigações referentes à presença da facção no sistema de transporte público sob a gestão municipal de Nunes. Além disso, Boulos informou que pretende acionar a Justiça contra Tarcísio de Freitas, já de olho no panorama político que se desenha para a eleição presidencial de 2026.

A insinuação do PCC nas eleições paulistas

Em meio às crescentes tensões, o governador Tarcísio de Freitas destacou preocupações com a interferência do crime organizado no processo eleitoral. Fazendo referência à interceptação de comunicações originadas de presídios, o governador alegou que estas mensurações tinham o objetivo de influenciar o sufrágio popular em cascata, citando, entre outros, o nome de Guilherme Boulos como receptor deste hipotético apoio.

As declarações levaram a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo a se manifestar, confirmando que mensagens atribuídas a uma facção criminosa foram detectadas, instruindo votações em municípios como Sumaré, Santos e a própria capital. A Polícia Civil está encarregada de investigar a real origem dessas mensagens e seu impacto nas votações.

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Qual o impacto das alegações sobre Boulos nas campanhas eleitorais?

A reta final das campanhas em São Paulo foi marcada por acusações e contra-ataques. No sábado anterior à votação, a primeira-dama Janja, em apoio a Boulos, trouxe à tona um incidente de violência doméstica envolvendo Nunes, ocorrendo em 2011. Este contexto acirrou ainda mais os confrontos verbais entre os candidatos, com Nunes classificando o ato de “baixaria”.

Tarcísio implementou uma articulação policial intensa nas cidades com segundo turno, assegurando que, até aquele momento, as eleições se desenvolviam de forma pacífica. Entretanto, os relatos sobre suposta conexão eleitoral ilícita destacam a fragilidade da confiança na transparência do processo eleitoral, gerando debates sobre segurança pública versus liberdade política.

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