Mais de 800 mil beneficiários do BPC podem perder o benefício

Mais de 800 mil beneficiários do BPC podem perder o benefício
Instituto Nacional do Seguro Social ou Previdência Social – Créditos: depositphotos.com / diegograndi

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma importante ferramenta de apoio financeiro aos idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade no Brasil. O benefício, gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), enfrenta atualmente um desafio significativo: a atualização cadastral dos beneficiários para garantir que os recursos sejam destinados a quem realmente necessita.

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Desde julho de 2023, o INSS iniciou um rigoroso processo de revisão destinado a cerca de 1,2 milhão de beneficiários do BPC, para verificar a conformidade dos dados no Cadastro Único (CadÚnico). Essa medida visa assegurar que as informações dos recebedores estejam atualizadas, evitando fraudes e garantindo a continuidade do benefício para aqueles que atendem aos critérios exigidos.

Quem pode perder o BPC e por quê?

Atualmente, mais de 800 mil beneficiários do BPC arriscam ter sua renda suspensa devido à ausência de registro ou à desatualização de dados no CadÚnico. O cadastro atualizado é essencial para comprovar a condição socioeconômica do beneficiário, garantindo que o auxílio continue sendo destinado às famílias com renda mensal per capita de até um quarto do salário mínimo.

A legislação exige que as atualizações no CadÚnico ocorram a cada dois anos. Contudo, muitos beneficiários não cumpriram esse prazo, e parte dos segurados sequer tomou ciência das notificações enviadas para regularização. Como resultado, essas pessoas podem ter seus pagamentos bloqueados até que a atualização seja efetivada.

Como funciona o processo de atualização do CadÚnico?

Os beneficiários que estão com o cadastro desatualizado há mais de 48 meses são notificados por diversas plataformas, como a Central 135 do INSS, o portal Meu INSS e mensagens SMS. Aqueles que não atenderem ao chamado no prazo estipulado, que varia de 45 a 90 dias conforme o tamanho do município, correm o risco de suspensão do benefício.

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O processo de atualização deve ser realizado no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) ou em um posto de atendimento do Cadastro Único do município do beneficiário. O prazo para realizar essa atualização é decisivo, pois uma vez concluída, o beneficiário poderá retomar os pagamentos bloqueados.

Fachada do edifício-sede do Instituto Nacional de Segurança Social – Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

Quais os critérios para manter o benefício?

O cruzamento de dados realizado pelo INSS inclui informações provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e outras bases, como o CadÚnico, para verificar a adequação dos candidatos ao BPC. Se houver mudanças significativas, como a conquista de um emprego por algum membro da família ou melhorias nas condições de deficiência do beneficiário, o direito ao benefício pode ser revisto.

O INSS é obrigado a bloquear pagamentos de benefícios cujos cadastros estejam desatualizados por mais de dois anos. Portanto, é crucial que os beneficiários atendam prontamente aos convites para a atualização cadastral, a fim de assegurar o recebimento contínuo do BPC.

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A importância de manter o cadastro atualizado

O processo de revisão e atualização cadastral promovido pelo INSS é fundamental para o combate às irregularidades, assegurando que os recursos sejam distribuídos de forma justa. Para os beneficiários, é uma oportunidade de garantir a continuidade do pagamento de um benefício essencial à dignidade e ao bem-estar.

Portanto, a conscientização e colaboração dos beneficiários são elementos cruciais neste processo. A atualização regular no CadÚnico não só contribui para o bom funcionamento do sistema, como também protege os direitos daqueles que dependem do BPC para suas necessidades básicas.

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