CRISE

Cuba: ONU apela pelo fim das sanções norte-americanas

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Assembleia geral da ONU – Créditos: depositphotos.com / palinchak

A Assembleia Geral da ONU votou a favor de uma resolução que solicita o fim das sanções dos Estados Unidos contra Cuba. A resolução, aprovada em 30 de outubro, contou com o apoio amplo de 187 países, enquanto apenas os Estados Unidos e Israel votaram contra, e a Moldávia se absteve. Essa tradição de aprovação ocorre pela 32ª vez consecutiva, justamente quando Cuba enfrenta uma das suas piores crises econômicas, caracterizada pela deterioração da infraestrutura e pela falta de produtos essenciais.

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A votação ocorreu em um momento significativo, poucos dias antes das eleições presidenciais nos EUA, com os candidatos Kamala Harris e Donald Trump pouco inclinados a alterar a política vigente. O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, argumentou que o embargo é, de fato, um bloqueio abrangente, devido à complexa teia de leis e regulamentações que dificultam operações financeiras e a importação de bens e serviços, não apenas dos EUA, mas de outros países também.

Qual é o impacto das sanções dos EUA sobre Cuba?

Rodriguez descreveu o bloqueio como uma forma de guerra econômica e financeira contra Cuba, sugerindo até mesmo que pode ser considerado genocídio, devido ao sofrimento generalizado imposto ao povo cubano. Ele destaca que o objetivo das políticas americanas parece ser promover dificuldades para fomentar mudanças no governo cubano. As sanções ao longo das décadas se intensificaram, afetando áreas críticas como combustível, o que contribuiu para a atual crise energética do país.

Paul Folmsbee, diplomata dos EUA, sustentou, após a votação, que as sanções visam promover “direitos humanos e democracia”, permitindo exceções em casos de necessidade humanitária. Apesar disso, essas medidas amplamente criticadas são vistas como causadoras de restrições severas à economia cubana. As sanções se acumulam desde o surgimento do embargo comercial após a revolução de Fidel Castro em 1959 e foram intensificadas durante o governo do ex-presidente Donald Trump.

Embora a resolução da ONU não seja vinculativa, ela simboliza a desaprovação global em relação às sanções dos EUA contra Cuba. As sanções familiares a Cuba receberam críticas renovadas à luz de uma maior conscientização global sobre a necessidade de políticas humanitárias. A resposta americana continua a ser um ponto de controvérsia, especialmente considerando que novas negociações ou alterações significativas na política não estavam claramente na agenda dos principais candidatos à presidência nas recentes eleições dos EUA.

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